Divulgamos mail que o presidente da Assembleia Geral enviou ao
JORNAL PUBLICO
uma vez que a matéria trata de uma calúnia maliciosa e que reflecte bem o despudor com que se utiliza a nossa comunicação social.
Exma Senhora
Mão amiga fez-me chegar recentemente o volume 6 da História do Design Gráfico, da autoria de José Bartolo publicado como separata, no Jornal Público, em 3 de Dezembro de 2022, razão pela qual apenas na presente data, lhe envio esta reclamação.
Na página 44 do Capítulo Design, Dinamização Cultural e Acção Cívica, pode ler - se, cito:
"No final de Abril de 1974, uma delegação do MFA, na qual se incluem elementos da 5ª Divisão, desloca-se á República Popular de Cuba. Na sequência dessa visita, estabelecem-se relações privilegiadas entre as Far cubanas e o MFA de Portugal e encarrega-se o Centro de Relações Públicas da 5ª Divisão de desenvolver as actividades de preparação ideológica adaptando à realidade portuguesa o modelo revolucionário cubano ".
O que aqui vem escrito é extremamente grave pelas seguintes razões :
1. As Campanhas de Dinamização Cultural foram concebidas e coordenadas pelo 1 tenente médico naval Ramiro Correia, pelo signatário cap. tenente eng. maq. Naval Manuel Begonha, oficiais da Armada e numa fase inicial pelo engenheiro Vasco Pinto Leite, Director Geral da Cultura Popular e Espectáculos e apresentadas em 25 de Outubro de 1974, em conferência de imprensa no Palácio Foz, presidida pelo Secretário de Estado da Comunicação Social, comandante Conceição e Silva, pelos coordenadores acima referidos e outros elementos da Comissão Dinamizadora Central (CODICE).
Vasco Pinto Leite expôs os princípios que estiveram na fase do projecto e Ramiro Correia resumiu a 1 Directiva.
2. Não houve qualquer delegação do MFA que se tivesse deslocado a Cuba no final de Abril de 1974, sendo a primeira delegação militar enviada a Cuba chefiada pelo Coronel Varela Gomes, aí permanecendo apenas de 23 de Abril a 7 de Maio de 1975.
Facilmente se compreende que não houve qualquer relação entre as FAR cubanas e o MFA, tendo decorrido até esta visita 6 campanhas de dinamização cultural.
Tais declarações de José Bartolo, constituem uma gravíssima calúnia e uma deliberada falsificação da história, refletindo uma profunda desonestidade intelectual e um insulto a todos os que tão generosamente se empenharam nas Campanhas de Dinamização Cultural, no âmbito da 5ª Divisão do EMGFA.
Exma Senhora
Sendo o Jornal Público, uma publicação prestigiada, séria e independente, solicito que a haver nova edição deste volume, seja reposta a verdade dos factos e que ao extracto acima mencionado e considerações relacionadas, seja feita a devida rectificação.
Com os mais respeitosos cumprimentos subscrevo-me
Manuel Gastão Nunes Bacelar Begonha
Cap. mar e guerra eng.maq.naval