Resultado desta solidariedade internacionalista e do heróico comportamento dos presos políticos da palestina resultou na satisfação de quase todas as suas reivindicações.
Transcrevemos o comunicado 11/2017 do MPPM
MPPM SAÚDA VITÓRIA DOS PRESOS POLÍTICOS PALESTINOS EM GREVE DA FOME
O MPPM dirige uma saudação calorosa e emocionada aos presos palestinos nas cadeias de Israel que acabam de alcançar a vitória da sua greve da fome.
Após negociações com as autoridades israelitas, os presos palestinos decidiram suspender a sua greve da fome, que durava há 40 dias: uma das mais prolongadas das muitas que já tiveram de realizar ao longo dos anos.
Trata-se de uma vitória de grande importância. As autoridades israelitas tinham afirmado recusar negociações e foram obrigadas a negociar com os dirigentes dos grevistas da fome, incluindo Marwan Barghouti. Tinham respondido à greve da fome com a repressão e foram obrigadas a ceder e a satisfazer muitas das reivindicações dos presos.
Os presos definiram objectivos concretos — de melhoria das suas condições — para a sua luta e levaram-na a cabo com tenacidade e unidade, pondo em perigo a própria vida. A vitória deve-se assim, em primeiro lugar, ao verdadeiro heroísmo dos próprios grevistas da fome.
É uma vitória também de todo o povo palestino, que apoiou maciçamente os seus presos com múltiplas acções de solidariedade, duramente reprimidas pelo ocupante israelita.
E é ainda uma vitória do amplo movimento de solidariedade que a greve da fome dos presos palestinos suscitou no mundo inteiro, inclusive em Israel. Em Portugal, apesar do silêncio generalizado dos meios de comunicação social, também a voz da solidariedade se fez ouvir, nomeadamente através do voto aprovado pela Assembleia da República e da declaração conjunta de 25 organizações, por iniciativa do MPPM.
O MPPM, destacando mais uma vez a importância da vitória desta greve da fome, recorda que a solidariedade com os presos políticos palestinos nas cadeias de Israel não pode cessar até à sua libertação.
O MPPM faz votos de que a magnífica unidade dos presos de todas as facções palestinas, que lhes permitiu alcançar a vitória, possa ser o prenúncio de um reforço da unidade de todas as componentes do movimento nacional palestino na luta vitoriosa por uma Palestina livre, soberana e independente, com capital em Jerusalém Oriental.
Lisboa 29 de Maio de 2017
A Direcção Nacional do MPPM