A concentração da Associação Conquistas da Revolução para a manifestação far-se-á às 14h30 junto ao Hotel Eden, nos Restauradores.
Manifestação Contra o Roubo dos Salários, Pensões e Reformas
A concentração da Associação Conquistas da Revolução para a manifestação far-se-á às 14h30 junto ao Hotel Eden, nos Restauradores.
Posição da ACR face às novas medidas de austeridade propostas para o OE de 2013
Em reunião de Direcção, de 21 de
Setembro de 2012, a Associação Conquistas da Revolução decidiu tornar pública a
sua posição sobre a actuação e recentes propostas do governo PSD/CDS.
Como já tivemos oportunidade de
afirmar as ofensivas das politicas de direita, às Conquista da Revolução de
Abril, ao longo destes 36 anos, mais não têm sido do que a descaracterização e
a destruição de elementos essenciais da democracia politica, económica, social
e cultural, nascida da Revolução de Abril e consagrada na Constituição da
República aprovada em 2 de Abril de 1976.
Há um ano assinalávamos que “o
Programa imposto pela troika do grande capital financeiro e aceite,
servilmente, pela troika PS/PSD/CDS, trilhava o caminho de tais ofensivas
destruidoras numa dimensão e gravidade sem precedentes”. O OE para 2012
formalizava então, não só, o mais brutal ataque às condições de vida dos
portugueses e à democracia, (ferindo mesmo direitos constitucionais,
comprovados posteriormente) como, constituía o maior embuste alguma vez
desencadeado pelo regime dito democrático.
E a provar que era mesmo um
logro, temos os catastróficos resultados da actuação deste governo. A sua acção
anti-social e até anti-constitucional e a consequência das medidas que
apelidava de salvadoras do país, não só não atenuaram em nada a crise como
ainda a agravaram e tornaram completamente ineficazes os sacrifícios impostos
aos portugueses.
Todas as nefastas consequências, que
esta Associação e as forças democráticas já haviam previsto, vieram
infelizmente a confirmar-se. Mais grave ainda, porque em razão directa da colossal
incompetência deste governo (que erra nos diagnósticos e erra nas terapias), as
metas previstas não foram alcançadas, a divida soberana aumentou, a economia e
o aparelho produtivo continuam a decrescer e o desemprego atinge níveis
assustadores. O empobrecimento do país e mal-estar social alastram-se em
paralelo com a desvairada irresponsabilidade governamental.
Assiste-se à continuada
destruição das mais significativas Conquistas da Revolução concretizada através,
designadamente, do fraudulento processo de privatizações, da aprovação do
código anti-laboral, dos ataques ao SNS, à Escola Pública, à Segurança Social,
do definhar do investimento público e da cultura, entre outros malefícios. A
contra-revolução deu significativos passos em frente.
Em contrapartida das boas notas
que pretendem receber da coligação dos poderosos, Passos Coelho e o seu “cavalo
da troika”, Victor Gaspar, vieram nas ultimas semanas, com a mesma brutal
insensibilidade social proferida no ano passado, proclamar novas medidas de
austeridade, ainda mais gravosas e injustas e de tão inconsequentes e disparatadas
justificações que até tiveram o condão de colocar em uníssono e de acordo as forças
do trabalho, os agentes do capital e um vasto leque de representações da
igreja, da sociedade civil e militar.
Á falácia da “concertação social” caiu-lhe a
máscara e foi o PM que ajudou a tirar-lha. Só um governo, como este,
autoritário, teimoso e vingativo pode ser tão cego e mudo perante o protesto
generalizado da sociedade portuguesa. É o resultado dum governo que tira aos
fracos para dar aos fortes (caso da TSU) e dum primeiro-ministro afogado na contradição
de criticar a poupança dos portugueses, no passado ano, depois dos acusar de
gastarem de mais antes, com o desplante de afirmar: “o governo portou-se bem,
os portugueses é que não”.
Este Orçamento de Estado e
medidas subsequentes obriga-nos a repetir o que já dissemos anteriormente: “o
despudorado assalto aos direitos dos trabalhadores, da juventude, dos
reformados e da população em geral, é um monstruoso crime contra a população
portuguesa que urge desmascarar e combater”. Agrava-se a progressiva destruição
das conquistas de Abril.
Só as acções das massas acabam
por ter visibilidade causando incómodo e embaraço. A luta de hoje é mais do que
nunca canalizar o descontentamento, frustração e revolta das pessoas para o
combate dando-lhes um sentido e uma forma de expressão. O actual regime ocupa
os meios de comunicação não informando os cidadãos com verdade. Não podemos
permitir esta situação, combatendo sempre e reforçando as lutas das massas e
tornando-as visíveis na rua.
Nesse sentido é digno de registo as manifestações realizadas no passado
dia 15,em várias localidades do país, envolvendo centenas de milhares de
pessoas, a comprovarem a rejeição, pela sociedade portuguesa, do Programa das
troikas e o isolamento social do governo- e a confirmar as potencialidades de
resistência e de luta do povo português.
A Associação Conquistas da Revolução, como é sabido sempre tem dado a
sua total e activa adesão a todas as lutas travadas inequivocamente contra as
políticas de direita e tendo como referência a Revolução de Abril, a sua
Democracia, as suas Conquistas. E, por acrescidas razões assim continuará a
fazer no futuro.
Estando já prevista uma próxima manifestação nacional convocada pela
CGTP, para o Terreiro do Paço, em Lisboa, no próximo dia 29,apelamos à
participação dos nossos associados no que será, estamos certos, mais uma
importante e grandiosa jornada de luta.
21.Set.2012
Nota de imprensa da Associação Conquistas da Revolução sobre a situação do País
Como várias vezes sublinhámos, a ofensiva da política de
direita contra as Conquista da Revolução, ao longo dos últimos 36 anos, tem
conduzido à descaracterização e à destruição de elementos essenciais da
democracia politica, económica, social e cultural nascida da Revolução de Abril
e consagrada na Constituição da República aprovada em 2 de Abril de 1976.
Há um ano, assinalámos que o Programa imposto pela troika do
grande capital financeiro e aceite, servilmente, pela troika PS/PSD/CDS,
prosseguiria, ainda com mais força, o caminho dessa ofensiva destruidora - e
alertámos para a dimensão e a gravidade das consequências da aplicação de tal
Programa, quer em relação ao regime democrático, quer em relação às condições
de vida dos portugueses.
Um ano passado, a realidade aí está a comprovar os nossos
alertas: o Programa das troikas não só não resolveu nenhum dos muitos grandes
problemas de Portugal e dos portugueses, como os agravou a todos, mergulhando o
País no declínio e flagelando os portugueses com sucessivos agravamentos das
suas condições de trabalho e de vida. Através, designadamente, do fraudulento
processo de privatizações, da aprovação do código anti-laboral, da acentuação
da exploração do trabalho pelo capital, dos ataques ao SNS, à Escola Pública, à
Segurança Social, a contra-revolução deu significativos passos em frente.
A
Revolução de Abril está mais distante, Portugal está mais pobre, mais injusto,
menos independente e menos soberano, o conteúdo democrático do regime sofreu
fortes machadadas. E o desemprego cresceu, bem como o número de trabalhadores
com salários em atraso; sucederem-se os roubos nos salários, nas reformas e
pensões, nos subsídios de férias e de Natal; agravaram-se as injustiças
sociais, conduzindo a mais pobreza, mais miséria, mais fome – enquanto, na
outra face da moeda, crescem os lucros e enchem os cofres dos chefes dos
grandes grupos económicos e financeiros.
E a tudo isto – e agravando tudo isto - decidiu o governo
acrescentar o verdadeiro tsunami
social que é o conjunto de medidas anunciadas recentemente pelo
primeiro-ministro e pelo ministro das Finanças.
Tirar aos fracos para dar aos fortes, roubar aos pobres para
dar aos ricos, é o lema deste governo e desta política de direita com a sua
iniludível marca de classe.
Uma tal prática governativa e uma tal política só podem ser
travadas e derrotadas pela acção organizada daqueles que são os alvos
preferenciais da política de direita: os trabalhadores e as populações.
Nos últimos tempos, a luta das massas trabalhadoras e
populares tem vindo a desenvolver-se num crescendo de participação e de
combatividade assinaláveis, como o comprovam as muitas greves, paralisações de
trabalho e protestos nas empresas e sectores profissionais; as acções e
protestos de rua nas localidades; as grandiosas manifestações de massas de
âmbito regional ou nacional; as poderosas greves gerais realizadas.
Igualmente dignas de registo são as manifestações realizadas
no passado dia 15, em várias localidades do País, envolvendo centenas de
milhares de pessoas, a comprovar a rejeição, pela sociedade portuguesa, do
Programa das troikas e o isolamento social do governo – e a confirmar as
potencialidades de resistência e de luta do povo português.
Como é sabido, a
Associação Conquistas da Revolução sempre tem dado a sua total e activa
adesão a todas as lutas travadas inequivocamente contra a política de direita e
tendo como referência a Revolução de Abril, a sua Democracia, as suas Conquistas.
E, por acrescidas razões, assim continuará a fazer no futuro.
Assim, afirmamos desde
já o nosso apoio à manifestação nacional convocada pela CGTP para o Terreiro do
Paço, em Lisboa, no próximo dia 29 – e apelamos à participação dos nossos
associados nessa importante jornada de luta, de modo a fazermos daquele local,
uma vez mais, um verdadeiro Terreiro do Povo.
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