TEMPOS DE LUTA
Afirmar a PALESTINA como Estado é um dever de todas as Democracias
Afirmar a PALESTINA como Estado é um dever de todas as Democracias
Marques Pinto
Vogal da Direcção
Há poucos dias realizou-se uma reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas onde o 3º “Comittee” que trata dos Direitos Humanos e assuntos relacionados levou à votação geral mais uma vez a questão de autodeterminação da Palestina.
Claro que os Estados Unidos e Israel e mais três - Ilhas Marshall, Micronésia e Nauru – votaram contra.
Curiosamente o Canadá, desta vez, juntou-se à maioria de 165 países que votaram a favor e apenas 10 pequenos países se abstiveram por motivos que todos entendemos por clara e permanente subserviência aos seus “protectores” – Austrália, Camarões, Nova -Guiné, Palau, Guatemala, Honduras, Quiribati, Ruanda, Togo e arquipélago de Tonga.
Mais uma vez verificamos que os Estados Unidos e Israel desprezam toda e qualquer resolução das Nações Unidas sempre que não seja na defesa dos seus interesses, mesmo que contra tudo e todos.
É agora assim e tem sido nos últimos quase 30 anos que todas as administrações estado-unidenses, quer Democratas quer Republicanas têm manifestado o seu total desprezo e desrespeito pelas decisões emanadas das Assembleias Gerais das Nações Unidas quando as mesmas não vão no
sentido dos seus interesses ou de Israel - o que vai quase no mesmo sentido – pois sabemos bem quem possui a grande maioria do capital e sistema financeiro que governa e conduz a politica americana bem como ao fortíssimo “lobby” que controla o enorme e poderoso complexo industrial
que domina o fabrico e venda de todo o tipo de armamento naval, aéreo e terrestre e desde há uns anos o inúmero e fabuloso sistema de satélites de toda a ordem e missões bem como a condução de misseis e “drones” com as mais variadas missões, desde os assassinatos selectivos até á colocação de “misteriosos minicontentores” em países devidamente selecionados.
Não deveremos esquecer que o direito da Palestina à sua completa independência é um problema que todos os povos livres devem encarar como importante e permanentemente associado á noção de liberdade e respeito que deveremos exigir a qualquer país que tenha assento na Assembleia das Nações Unidas
ASSEMBLEIA GERAL DIA 03 DE DEZEMBRO DE 2020
Conforme os estatutos da nossa associação a Assembleia Geral vai realizar-se na sede no dia 03 de Dezembro de 2020 com inicio às 17:30.
Clicando AQUI pode ver a Convocatória e a respectiva Ordem de Trabalhos
FALECEU O CAPITÃO DE ABRIL LUÍS MACEDO
FALECEU O CAPITÃO DE ABRIL LUÍS MACEDO
Foi com enorme consternação que recebemos a notícia do falecimento do Capitão de Abril, coronel de engenharia Luís Ernesto Albuquerque Ferreira de Macedo.
Foi aluno distinto no Colégio Militar tendo posteriormente seguido a carreira das armas, no exército, como oficial de engenharia.
Foi um dos grandes impulsionadores do Movimento das Forças Armadas desempenhando papel de destaque, na madrugada do 25 de Abril, na condução das operações, a partir do quartel da Pontinha.
Nos governos de Vasco Gonçalves pertenceu ao seu gabinete onde desempenhou diversas tarefas e pós 11 de Março de 1975, em acumulação, pertenceu ao Conselho da Revolução.
Enquanto Conselheiro da Revolução pertenceu ao SDCI (Serviço Director e Coordenador da Informação).
Pós 25 de Novembro de1975 foi um dos muitos oficiais perseguidos e prejudicados na sua carreira.
Pertencia à Comissão de Honra do centenário do nascimento de Vasco Gonçalves
A morte encontrou-o no passado dia 14 de Novembro em Moçambique.
A IGREJA CATÓLICA E A LUTA ANTI-FASCISTA
A IGREJA CATÓLICA E A LUTA ANTI-FASCISTA
Presidente da Assembleia Geral
Intervenção de Baptista Alves na reunião do Conselho da Presidência do CPPC
Intervenção proferida por Baptista Alves, Presidente da Mesa da Assembleia da Paz e nosso Presidente da Direcção
na reunião do Conselho da Presidência do CPPC
realizada em 22 de Outubro de 2020
A complexa situação internacional que desde há tempos se vem
agravando, impõe uma profunda reflexão da nossa parte, militantes
da Paz, no sentido de auscultar-lhe as tendências, avaliar os efeitos
e intuir os perigos para a sobrevivência da Humanidade, por um
lado, e, por outro, aferir os resultados da nossa acção cívica e de
todos quantos se revêem e trabalham nesta causa.
É portanto, de certa forma, um balanço da nossa actividade o que
nos propomos fazer hoje e para isso contamos com o apoio da
Direcção, com um objectivo muito preciso de recolha de
ensinamentos outros e outros pontos de vista que porventura mais
avisados estejam.
É este o desafio que quero deixar explícito, na presunção da vossa
adesão e do vosso inestimável contributo.
Assistimos hoje a uma gigantesca campanha do imperialismo norte-
americano, com ressonância numa comunicação social subjugada
pelos “senhores do dinheiro” dos dois lados do Atlântico, a meu ver,
visando preparar a opinião pública para uma II edição da Guerra
Fria, visando dois objectivos principais:
-Apaziguar as apreensões quanto ao futuro do gigantesco aparelho
militar, face ao desmoronamento do almejado Mundo unipolar todo-
poderoso e sem adversário, com que sonharam após o
desmoronamento da União Soviética e, em simultâneo, satisfazer a
gula desmedida da poderosíssima indústria do armamento
americana;
- Travar a ascensão meteórica das potências económicas
emergentes, única forma de garantir a sua supremacia universal.
Este será provavelmente o cenário mais ambicionado, Guerra Fria,
por mais tranquilo e mais fácil de acomodar na opinião pública
ocidental. Mas, mandam as terríveis experiências do século passado
não ignorar que outros cenários estão pré-figurados, nos Estados-
Maiores das grandes potências militares, sendo o mais tenebroso o
conflito nuclear à escala planetária.
Mas a realidade deste século XXI, ainda com todas as incertezas
que um vertiginoso progresso introduziu nas nossas vidas á escala
global, afasta, a meu ver, estes estereótipos.
Creio ser hoje uma evidência que o declínio do império tem mais a
ver com a factura militar do que com qualquer outra razão e não há
conhecimento histórico de antídoto que o cure. O surgimento/
ressurgimento de outras potências com influência crescente, nos
campos económico e também militar, fazendo antever a criação de
vários polos de poder à escala planetária, com os seus interesses
próprios, fará gorar qualquer estratégia de Guerra Fria que
obviamente colidirá com esses interesses, a troco de nada.
As razões ideológicas, religiosas ou mesmo de combate ao
terrorismo, continuarão a ser convincentes para um Mundo tão
causticado pelos efeitos nefastos das ingerências, ocupações
militares e guerras de agressão e pilhagem feitas em seu nome?
Efeitos que são cada vez mais difíceis de esconder nestes tempos
da comunicação global?
O recurso à pressão diplomática sobre os “aliados”, ou mesmo
chantagem diplomática, a que temos assistido, parece indiciarem o
contrário.
Uma outra questão que se coloca agora, é saber-se: o que esperar
deste Mundo multipolar? À partida, parece poder esperar-se que a
probabilidade de ignição de conflitos de interesses aumente, mas,
por outro lado, é de crer que a dominante da resolução pacífica se
reforce perante a evidência de o uso da força já não garantir
vencedores antecipados.
É aqui que reside um imenso campo de acção para as forças da
Paz: reduzir drasticamente os riscos para a Humanidade
resultantes da existência das armas de destruição maciça, lutar
pela dissolução dos blocos político-militares, lutar pelo
desarmamento geral e controlado e impor a solução pacífica dos
conflitos internacionais, nos exactos termos plasmados na CRP,
nascida da Revolução de Abril. É isto que temos feito no CPPC e é
isto que se impõe continuarmos a fazer.
Esta situação de pandemia, que estamos a viver, revelou de forma
bem explícita que o modelo desenvolvimentista que o sistema
dominante impôs ao Mundo, medido em taxas de crescimento
económico, descurou de forma inqualificável, frentes importantes
de combate às ameaças à vida na Terra, a começar pela defesa da
saúde pública, passando pelo combate às alterações climáticas- que
são uma constante mas se agravam, tanto mais quanto a
exploração selvagem dos recursos naturais do planeta, ofende os
seus equilíbrios naturais- para já não falar no agravamento abismal
das desigualdades sociais com condenação á fome duma grande
parte da humanidade.
Este é o Mundo que temos, e que temos que mudar, lutando pela
criação duma consciência cívica universal pela inversão do rumo
suicida que nos tem sido imposto.
A nossa qualidade de coordenadores do Movimento Mundial da Paz
para a Europa impõe-nos responsabilidades acrescidas nesta luta
sem tréguas para evitar que, mais uma vez, a Europa e o Mundo se
tornem num imenso campo de destroços.
Estamos em crer que este objectivo mais e mais se afirmará,
deixando para trás a visão consumista e predadora da natureza que
nos tem guiado e rumando a uma nova ordem internacional mais
equitativa e mais solidária.
Em uníssono com as forças do progresso e da Paz, que por todo o
Mundo se batem sem desfalecimento por uma sociedade mais justa
e mais fraterna, livre de todo o tipo de predadores e seus
servidores, livre da opressão e de todo o tipo de ingerências
externas, livres do golpismo militar interno, saudamos a estrondosa
vitória do povo boliviano e o restabelecimento da legalidade e
legitimidade democrática no país.
Um Mundo melhor, um Mundo de Paz, é possível!