Mais de uma meia centena de
democratas – o que proporcionou casa cheia – participou no jantar
de confraternização que a Associação Conquistas da Revolução
levou a cabo na semana passada, no Restaurante “Egas”, em
Setúbal.
Manuel Begonha, Presidente da
Associação e Capitão de Abril que da capital sadina, onde viveu no
fulgor do processo revolucionário, guarda, segundo as suas palavras,
as melhores recordações, centrou a sua intervenção na pontuação
do conjunto daquelas conquistas resultantes da acção do MFA e do
movimento de massas, tal como o blog
da Associação não há
muito tempo entendeu fazê-lo como peça de combate à política de
direita do actual e de anteriores governos, em defesa da Constituição
da República.
A
iniciativa deu azo a vários
testemunhos,
como o de Duran
Clemente, outro Capitão de Abril e membro da Direcção, denunciando
a ilegalidade da Contribuição Especial Extraordinária, imposto
lançado sobre os reformados, face à Lei Geral Tributária, ou do
jovem Miguel Violante, fazendo um animador balanço das últimas
lutas estudantis que na região tiveram incidência particular. Foi
neste esteio que José Pereira, ex-trabalhador da indústria naval,
deu a conhecer a vontade de em tempo oportuno se promover uma acção
sobre o Serviço Cívico Estudantil lá onde, no pós-25 de Abril,
ele conheceu um desenvolvimento peculiar: na Aldeia do Meco, no
concelho de Sesimbra. O Diário
da Região já disto fez
eco, correspondendo aliás a uma certa ideia de “repto” para um
trabalho em comum.
Concretizou-se, pois, o propósito
anunciado de não se perder a oportunidade de recensear propostas de
actividade de iniciativa local, ao longo de 2013. Ao dirigir as
boas-vindas ao jantar-debate, Valdemar Santos, também da Direcção,
recordou que a programação da Associação já tornada pública
incluía, entre outros, em Abril uma homenagem ao Comandante Ramiro
Correia e em Outubro a Álvaro Cunhal, no quadro das comemorações
do seu Centenário.
Mas no Restaurante “Egas” -
taberna do Sapec e catedral da conspiração antes do 25 de Abril -
não podia deixar de se ouvir os acordes de viola de David Sousa
Carlos e as vozes de Manuel Guerra e Octaviano Sales. De Adriano
Correia de Oliveira e José Afonso até ao “Onde é que existe um
Rio Azul igual ao meu?”
Registo a merecer destaque ainda: a
Delegação de Setúbal da URAP esteve em peso, fez mobilização.