Associação Conquistas da Revolução, na Sessão de Solidariedade com a Revolução Bolivariana


Carta lida por Beatriz Nunes, em representação da Direcção da Associação Conquistas da Revolução, na Sessão de Solidariedade com a Revolução Bolivariana 


Hugo Chavez em carta a Vasco Gonçalves

"A Revolução de Abril vive na victória da Revolução Bolivariana"

do Presidente Hugo Chavez Frias



Senhor General e amigo fraterno

Receba uma saudação fraterna e revolucionária. Desde que li a sua bela e solidaria saudação ao II Encontro Mundial de Solidariedade com a Revolução Bolivariana, impus-me o dever, o grato dever, esclareço, de lhe escrever umas linhas para agradecer esse gesto que me comove por vir de quem vem, gesto comovedor, sublinho, próprio do soldado da dignidade e do revolucionário consequente que o senhor sempre foi e é.

Cumprem-se hoje, 25 de Abril, trinta anos sobre a Revolução dos Cravos da qual foi um dos lideres fundamentais. Assim como no 13 de Abril de 2002 a unidade cívico-militar pôs termo a uma brevíssima ditadura patronal que pretendia implantar-se para assassinar um processo em que a participação e o protagonismo popular colocaram a pátria de Simón Bolívar no caminho da segunda independência nacional, no 25 de Abril de 1974 a união entre o Povo e as Forças Armadas de Portugal varreu do cenário o regime salazarista, a ditadura mais longa da Europa, pondo fim a tantos anos de opressão e, também, a tantos anos de guerra colonial no Ultramar, empreendida contra a vontade da imensa maioria dos portugueses.

O glorioso 13 de Abril é filho do não menos glorioso 25 de Abril. Nestas duas datas históricas os verdadeiros soldados das nossas duas pátrias converteram-se junto ao povo nos seus libertadores.

A ninguém pode apagar-se da memória aquela imagem dos soldados marchando pelas ruas de Lisboa, levando cravos na boca dos fuzis como símbolo da sua recusa a participar na guerra colonial e como a mais formosa expressão da sua identificação com a causa do povo.
Quero citar umas palavras suas que sintetizam com clareza e lucidez o que foi aquela genuína experiência revolucionária que Portugal viveu entre 1974 e 1975. Palavras que são um testemunho inestimável porque provêm de quem exerceu a mais alta responsabilidade como Primeiro Ministro naquela época:
A Revolução de Abril foi a mais profunda e a mais popular das revoluções portuguesas. Trouxe ao povo português, às classes mais desfavorecidas, as maiores conquistas da sua história de mais de oito séculos.
A Revolução de Abril vive na victória da Revolução Bolivariana porque a primeira constitui um precedente do que podem realizar o povo e os seus soldados quando se unem. Dela emana um exemplo para o mundo.

Para finalizar, General Vasco Gonçalves, quero que saiba que seria uma honra se nos visitasse em breve. A pátria de Bolívar é e será sempre a sua casa. Receba um forte abraço impregnado de fervor revolucionário. Fraternalmente, com um profundo sentimento de solidariedade revolucionária, meu general.

Hugo Chavez Frias

In Vasco Sempre