Comunicado de apoio e solidariedade pelas próximas manifestações populares contra este governo e suas políticas





Comunicado de apoio e solidariedade pelas próximas manifestações populares contra este governo e suas políticas

As ofensivas das politicas de direita, às Conquista da Revolução de Abril, ao longo destes 37 anos, agravadas nestes dois últimos, «mais não têm sido do que a descaracterização e a destruição de elementos essenciais da democracia politica, económica, social e cultural, nascida da Revolução de Abril e consagrada na Constituição da República aprovada em 2 de Abril de 1976». A Associação Conquistas da Revolução teve oportunidade de o afirmar há um ano e, infelizmente, é obrigada a repeti-lo agora.
Há um ano assinalávamos que “o Programa imposto pela troika do grande capital financeiro e aceite, servilmente, pela troika PS/PSD/CDS, trilhava o caminho de tais ofensivas destruidoras numa dimensão e gravidade sem precedentes”.
Os Orçamentos de Estado , quer para 2012,quer para 2013, formalizam, não só, o mais brutal ataque às condições de vida dos portugueses e à democracia, (ferindo mesmo direitos constitucionais,) como, constituem o maior embuste alguma vez desencadeado pelo regime dito democrático perigosamente muito próximo dum regime autoritário e “fascizante” de quem tudo quer ,pode e manda!
E a provar que era mesmo um logro, temos os catastróficos resultados da actuação deste governo. A sua acção anti-social e até anti-constitucional e a consequência das medidas que apelidava de salvadoras do país, não só não atenuaram em nada a crise como ainda a agravaram e tornaram completamente ineficazes os sacrifícios impostos aos portugueses.
Em razão directa da colossal incompetência deste governo (que erra nos diagnósticos e erra nas terapias), as metas previstas não só não foram alcançadas como se agravaram: a divida soberana aumentou, a economia e o aparelho produtivo continuam a decrescer e o desemprego atinge níveis assustadores. Estes dirigentes provocam e agudizam falsos conflitos intergeracionais e entre trabalhadores públicos e privados O empobrecimento do país e mal-estar social alastram-se em paralelo com a desvairada irresponsabilidade governamental.

Só um governo, como este, autoritário, teimoso e vingativo pode ser tão cego e mudo perante o protesto generalizado da sociedade portuguesa, como consequência dum governo que tira aos fracos para dar aos fortes e dum primeiro-ministro afogado em contradições e vassalo dos poderosos, preocupado, sim, com os mercados e com eles pactuando mas relegando «para trás das costas» os sérios e graves problemas que escandalosamente afectam o povo português.
Nada se reveste de seriedade nestes governantes, verdadeiros representantes dos interesses dos inimigos de Portugal. Mais do que «Governo Português», como gostam de se intitular, de bandeira na lapela, são efectivamente e cá dentro os representantes de quem nos ataca la fora! Não tenhamos dúvidas; eles constituem um verdadeiro “cavalo de troia”( e da troika) dos poderosos e de quem vai comprando as nossas riquezas ao desbarato. Já se preparam , com a bênção da Comissão Europeia ,para a seguir privatizar a «água», um bem genuinamente propriedade pública e de todos nós.
Por outro lado: «o despudorado assalto aos direitos dos trabalhadores, da juventude, dos reformados e da população em geral, continua um monstruoso crime contra todos os portugueses .Urge desmascarar e combater esta prática politica» obriga-nos a repetir o que já dissemos anteriormente:
-Agrava-se a progressiva destruição das conquistas de Abril.
A contra-revolução deu significativos passos em frente. 
Assiste-se à preparação de clamorosos e gravosos pseudo -estudos, como o da chamada refundação do Estado, com o prévio anúncio do corte de 4.000 milhões de euros por ano no OE, para uma continuada destruição de Portugal, concretizada através do fraudulento processo de privatizações, da aprovação do código anti-laboral, dos ataques ao Estado Social, ao Sistema de Saúde Nacional, à Escola Pública, à Segurança Social e, drasticamente, ao definhar do investimento público e da cultura, entre outros malefícios.
-As mais significativas Conquistas da Revolução estão a ser atacadas sem dó nem piedade.
A Associação Conquistas da Revolução, como é sabido sempre tem dado a sua total e activa adesão a todas as lutas travadas inequivocamente contra as políticas de direita e tendo como referência a Revolução de Abril, a sua Democracia, as suas Conquistas.
Só as acções das massas acabam por ter visibilidade causando incómodo e embaraço. A luta de hoje é mais do que nunca canalizar o descontentamento, frustração e revolta das pessoas para o combate dando-lhes um sentido e uma forma de expressão. O actual regime ocupa os meios de comunicação manipulando «à tripa forra» conforme as suas conveniências. A mentira tem constituído uma desavergonhada bandeira, fora da lapela, mas cara a este desgoverno.
Não podemos permitir esta situação, combatendo sempre e reforçando as lutas das massas e tornando-as visíveis na rua.
Por isso a Associação Conquistas da Revolução manifesta-se uma vez mais solidária com as manifestações populares já anunciadas e que terão lugar em 16 de Fevereiro e em 2 de Março.
Apelamos à participação dos nossos associados no que serão, estamos certos, uma vez mais, importantes e grandiosas jornadas de luta.

A LUTA CONTINUA.