Do Coronel Manuel Duran Clemente, militar de Abril e sócio fundador da nossa Associação, na impossibilidade de estar presente por motivos de doença recebemos a saudação que transcrevemos
Caros amigos e camaradas
Falar de Vasco Gonçalves, em sua memória e nesta justa homenagem pelo centenário do seu nascimento, é lembrar o timoneiro da Revolução, é sermos fiéis à justiça e ao reconhecimento. É falar de Vasco Gonçalves, da sua acção como militar e político revolucionário, seja como -coronel- um dos mais experiente e cultos dos oficiais conspiradores, entre capitães do MFA, seja como General Primeiro-ministro dos 2º,3º,4º e 5º Governos Provisórios, seja como um dos mais puros “capitães de Abril”..
É reflectir também sobre uma vertente do MFA, dos militares que sempre com ele estiveram (com subida honra apelidados de gonçalvistas) e sobre as iniciativas e organizações criadas, sob o seu impulso, e que mais não fizeram que, ao dar-lhe apoio, apoiarem o Povo, apoiarem a Revolução.
“Os aspectos mais progressistas da actuação do MFA são motivados pelo levantamento popular num sentido revolucionário” são palavras do próprio Vasco Gonçalves. Foi o pulsar do Povo (dos Povos) e a força da sua razão e o exemplo dado na luta pela liberdade (em Portugal e nas colónias) contra a opressão que nos conduziram à acção de revolta. Dinamizando e implementando o Programa do MFA, de que foi co-autor, e dando luz a mais de duzentos Decretos-Leis, como Primeiro-Ministro, que consagram a Liberdade, as bases da Democracia, do Desenvolvimento e da Descolonização. Em suma a grandes Conquistas da Revolução que viriam a ser plasmadas na Constituição da República em 2 de Abril de 1976,
Quisemos e construímos este passado com Vasco e ele connosco.
Abrem-se de novo novas pontes entre presente e futuro, generosos e amplos, em tempos de defesa e de luta pelas conquistas da revolução.
Com Vasco timoneiro vamos continuar.
Vasco sempre.
Vasco Gonçalves e Abril continuam vivos. Serão sempre eternos companheiros.
