A UNIDADE DA ESQUERDA
Texto de Manuel Begonha
Tem-se verificado que a direita e a extrema-direita fascizante, têm tentado unir-se, com o objectivo de tomar o poder, beneficiando de fortes apoios financeiros e logísticos nacionais e internacionais.
Tal significaria, um forte ataque à Constituição da República Portuguesa,(CRP) ou seja, a reversão das principais conquistas da revolução nela integradas e a instituição de uma política de mais deveres e menos direitos que se traduziram nas seguintes medidas :
- Exploração do trabalho
- Reforçar o controlo da Comunicação Social
- Privatizar a Saúde e a Educação
- Desvalorizar a Cultura
- Degradar a Democracia
- Alienar a Soberania Nacional , vendendo a grupos estrangeiros sectores básicos da nossa economia.
Não podemos esquecer que a finança internacional, tenta subverter os governos globalmente.
Esta nova ordem , significa que a economia seria unificada num único mercado.
Os Estados transformam- se em empresas , uma vez que a unificação neoliberal é basicamente económica.
O que interessa que circule livremente, são as mercadorias não as pessoas.
É por isto que a esquerda deve encontrar uma estratégia comum de unidade , na defesa do essencial que é a CRP e o honrar um passado de luta anti - fascista que não pode renegar, cedendo a cantos de sereia europeístas, ou por sentir ameaçados os seus interesses.
Os partidos políticos não são todos iguais.
Os da esquerda, não podem comportar-se como se uma paixão clubística os movesse.
Devem transportar um forte ideal motivador e transformador.
A esquerda tem de ser motora de uma sociedade nova , onde cesse a exploração do homem, subsista a dignidade humana e se lute pela paz entre os povos.
A esquerda não pode coexistir com situações intoleráveis que estão a corroer a nossa sociedade, devendo ser implacável no combate à corrupção , à desigualdade social e à ineficácia da justiça.
E é por isto que os seus partidos devem ter extremo rigor , na selecção dos seus representantes para cargos públicos.
Contudo, esta unidade de esquerda não deve retirar a independência aos respectivos partidos.
Não implica o voto útil na primeira volta de quaisquer eleições.
Nem deve haver contemplações , com o oportunismo político e o taticismo calculista na Assembleia da República ou nas Autarquias.
Pelo contrário, os partidos devem lutar denodadamente por defender e divulgar os seus programas e conquistar novos eleitores.
Se não garantirmos o presente , o futuro nunca abandonará o nosso penoso passado. O presente, não é o nosso único tempo.