O tempo que vamos vivendo
Marques Pinto | Sócio da ACR
Nestes últimos dias qualquer leitor mais atento aos noticiários publicados na imprensa estrangeira e a alguns comentários merecedores de tal nome, se bem que poucos merecem realmente credibilidade e a atenção de serem lidos, deixam contudo a percepção para um facto credível:
Parece que a maioria dos Países Europeus seguem cegamente as ordens do Pentágono ou Nato, que neste caso são coincidentes na quase totalidade de instruções que levem ao consumo imediato e em grande numero de qualquer tipo de munição ou armamento que ofereça a certeza de uma rápida escalada na Guerra da Ucrânia, que embora com esse nome é realmente um conflito que abrange mais que uma grande parte do território da Ucrânia, bem como uma faixa relativamente larga de território da Rússia, e com alvos e destruições de áreas e equipamentos de uso apenas civil.
Penso que qualquer cidadão desta Europa, particularmente dos países centrais e limítrofes do conflito, minimamente consciente, deveria enquanto é tempo chamar a atenção dos seus elementos responsáveis, quer no governo quer nas instancias de poder, que as dezenas de milhões de habitantes que poderão vir a sofrer de qualquer rebentamento de uma arma nuclear, não serão apenas os que poderão morrer mas sim todos os que irão sofrer a médio e talvez mesmo longo prazo dos efeitos da radioactividade que permanecerá sobre os nossos céus.
Claro que todos assistimos ao
crescente interesse de domínio económico e não só com que os grandes grupos financeiros
do outro lado do Atlantico olham sobre uma Europa desgastada e diminuída dos
seus recursos que se pôs inteiramente á sua total disposição, esperando os seus
políticos que as benesses que podem almejar lhes valerão de consolo para a sua
atitude de submissão servil e empobrecimentos dos seus cidadãos.
Mas a tal atitude dos políticos responsáveis, em tempos não muito longínquos chamava-se traição e servilismo ignóbil.