Daqui a um mês faz 50 anos que foi publicada a Lei 7/74. | Reconhecimento de Portugal do direito dos povos à autodeterminação

 

Daqui a um mês faz 50 anos que foi publicada a Lei 7/74. 
 

Esta Lei reconhece "o princípio de que a solução das guerras no ultramar é política e não militar.... implica o reconhecimento por Portugal do direito dos povos à autodeterminação".

É também importante rever a entrevista que Vasco Gonçalves deu a Fialho Gouveia.
 

ACR presente no Congresso da CPCCRD

 

A ACR esteve no Congresso da CPCCRD onde foi representada pelo Nuno Cavaco autor da sucinto registo ora publicado.

Para ler o registo clique AQUI

 

A ENCRUZILHADA DA RÚSSIA | Manuel Begonha, sócio da ACR

 

A ENCRUZILHADA DA RÚSSIA
Manuel Begonha, sócio da ACR

Até finais de 1990, a economia da URSS foi confrontada com um grande desenvolvimento dos meios militares e tecnológicos dos EUA.
Enquanto que numa sociedade capitalista como a norte-americana, a produção de armamento e a respectiva venda é essencial para o crescimento da máquina militar industrial, para uma sociedade socialista manter-se em paridade com esta escalada é inviável..
As verbas desviadas para a indústria militar, impedem a obtenção de recursos essenciais para o povo, como a saúde, a educação, a habitação, os salários e outros.
Tal sucedeu na URSS, aumentando progressivamente o descontentamento, ajudando e muito, para além de outros desvios, os que conspiravam para a correspondente implosão o que veio a acontecer em 26 de Dezembro de 1991.

Presentemente, agora a Rússia, está envolvida numa nova guerra.
Desta vez os EUA, através da NATO, tentam assegurar a correspondente duração, julgo que com dois objetivos :

1. A curto prazo

Aproveitar o sacrifício subserviente da UE, proporcionando à Ucrânia armas capazes de atingir infraestruturas críticas de segurança, com o fim de provocar uma resposta russa - para não mostrar fraqueza -, recorrendo a bombas nucleares tácticas. 

Poderia assim ser aberto o caminho para que a NATO invocasse o artigo 5, envolvendo-se numa guerra quente. 

Julgam também que tal atitude não se enquadra nos objetivos da política externa da China, contribuindo assim para minar a unidade entre os dois países. 

2. A médio e longo prazo 

Utilizar o método de desgaste semelhante ao atrás descrito que levou à queda da URSS. 

Analisemos alguns factores em presença 

De acordo com algumas fontes, as sanções internacionais parece não terem afectado a economia russa que até se fortaleceu com o PMI- que representa as compras em empresas dos sectores industrial e de serviços - subiu para 54.4 pontos, segundo inquérito da "S&P Global". 
A componente produção subiu para 56.2, o melhor resultado desde 2008. Esperam assim um crescimento de 4% do PIB em 2024. 
Os economistas do "JP Morgan", referem :
"O crescimento económico tem sido largamente impulsionado pelas despesas relacionadas com a guerra. Quase um terço do orçamento russo vai para a Defesa Nacional, representando cerca de 6% do PIB, o que excede as despesas sociais. 
Apesar das sanções impostas á indústria de armas russa , a produção manufactureira disparou em sectores relacionados à guerra, como computação, electrónica e óptica, produtos metálicos acabados e veículos."(1)

Contudo, outros analistas realçam que apesar da resiliência face às sanções  a Rússia está a viver numa economia de guerra. 
O problema é por quanto tempo, se poderá aguentar este dispêndio. 
Por enquanto, o défice orçamental consegue ser equilibrado pelas receitas provenientes da exportação de petróleo e gás natural para novos mercados. 
Mas esta situação pressupõe um aumento dos preços globais do petróleo e a invulnerabilidade ao alargamento das sanções. Mas a Rússia não deixa de estar sujeita à diminuição da procura e á queda de preços.
A verificarem-se estes factores negativos e face aos mortos que a Rússia também sofre, ao cansaço da guerra e à estagnação da economia, poderiam estar criadas as condições para levar à queda de Putin e conseguir assim uma liderança mais do agrado do Ocidente.
Mas é claro que todos estes cenários não passam disso mesmo e poderão ser modificados por acontecimentos imprevisíveis como por exemplo a eleição para Presidente dos EUA de um qualquer Trump.

(1) Ver "Dados económicos indicam uma realidade dura para o Ocidente : fábrica de guerra da Rússia está em pleno funcionamento". - Francisco Laranjeira

O tempo que vamos vivendo | Marques Pinto | Sócio da ACR

 O tempo que vamos vivendo
Marques Pinto | Sócio da ACR

 

Nestes últimos dias qualquer leitor mais atento aos noticiários publicados na imprensa estrangeira e a alguns comentários merecedores de tal nome, se bem que poucos merecem realmente credibilidade e a atenção de serem lidos, deixam contudo a percepção para um facto credível:

 

Parece que a maioria dos Países Europeus seguem cegamente as ordens do Pentágono ou Nato, que neste caso são coincidentes na quase totalidade de instruções que levem ao consumo imediato e em grande numero de qualquer tipo de munição ou armamento que ofereça a certeza de uma rápida escalada na Guerra da Ucrânia, que embora com esse nome é realmente um conflito que abrange mais que uma grande parte do território da Ucrânia, bem como uma faixa relativamente larga de território da Rússia, e com alvos e destruições de áreas e equipamentos de uso apenas civil.

 

Penso que qualquer cidadão desta Europa, particularmente dos países centrais e limítrofes do conflito, minimamente consciente, deveria enquanto é tempo chamar a atenção dos seus elementos responsáveis, quer no governo quer nas instancias de poder, que as dezenas de milhões de habitantes que poderão vir a sofrer de qualquer rebentamento de uma arma nuclear, não serão apenas os que poderão morrer mas sim todos os que irão sofrer a médio e talvez mesmo longo prazo dos efeitos da radioactividade que permanecerá sobre os nossos céus.

 

Claro que todos assistimos ao crescente interesse de domínio económico e não só com que os grandes grupos financeiros do outro lado do Atlantico olham sobre uma Europa desgastada e diminuída dos seus recursos que se pôs inteiramente á sua total disposição, esperando os seus políticos que as benesses que podem almejar lhes valerão de consolo para a sua atitude de submissão servil e empobrecimentos dos seus cidadãos.

Mas a tal atitude dos políticos responsáveis, em tempos não muito longínquos chamava-se traição e servilismo ignóbil.


Serviço Cívico Estudantil foi uma opção conjuntural ou um auxiliar da democratização do ensino e da cultura? | Jorge Aires |

O Presidente da Direcção da nossa Associação. Jorge Aires, proferiu, em 1 de Junho de 2024, no Museu do Trabalho Michel Giacometti um intervenção subordinada ao tema "Serviço Cívico Estudantil"

 Para ler a intervenção completa clique

AQUI