AS TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO | Manuel Begonha | Presidente da Assembleia Geral

 

 AS TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO
Manuel Begonha | Presidente da Assembleia Geral

 

Ao longo da história têm ocorrido acontecimentos que nunca foram cabalmente esclarecidos e que pela sua imprevisibilidade e violência, incendiaram  a imaginação de tal forma que se entrou no campo da especulação, que acabou por ir para além das aparências.

De entre estes, recordamos :

- O ataque a Pearl Harbour

Em 7 de Dezembro de 1941, a força aérea japonesa atacou esta base naval norte-americana, provocando cerca de 2400 mortos e 1200 feridos, para além de ter afundado ou danificado um número muito significativo de navios muito poderosos.
Especulou-se que os EUA não evitaram deliberadamente este ataque porque haveria forças internas que pretendiam que os EUA abandonassem a posição de neutralidade que vinham mantendo forçando a respectiva entrada na guerra contra o Japão.

- As bombas atómicas lançadas sobre Hiroxima e Nagasaki

A 6 e 9 de Agosto de 1945, com o Japão praticamente derrotado e para apressar o fim da guerra, foi lançada uma bomba atómica, sobre estas cidades japonesas, causando cerca de 300000 mortos directos e durante os anos seguintes, devido a queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões pelos efeitos da radiação.
A razão da especulação é que já não seria necessário e terá sido um aviso e uma forma de atemorizar a ex URSS.

- O ataque às Torres Gémeas

No dia 11de Setembro de 2001, vários aviões comerciais pilotados por árabes, atacaram diferentes alvos no território dos EUA, tendo dois deles, destruído as Torres Gémeas situadas em Nova Iorque.
Causaram cerca de 3000 mortos e 6000 feridos.
Neste caso, foi posta em causa a inépcia propositada dos serviços de informação que não teriam detectado os preparativos e executantes do atentado, porque o governo pretendia aniquilar os detentores do poder de países árabes do Mediterrâneo, não alinhados com os seus interesses na região.

- O ataque do Hamas a Israel

A 7 de Outubro de 2023 o Hamas provocou um ataque indiscriminadamente violento contra Israel do qual resultaram milhares de mortos e feridos e vultuosos danos materiais.
A suspeita de conspiração, reside em não se perceber como foi possível ao Hamas armar-se, preparar e executar uma operação desta envergadura , sem conhecimento de Israel que tem espiões em Gaza, na Síria, no Líbano e noutros países limítrofes, detém serviços de informação considerados insuperáveis e unidades militares especiais em alerta permanente.
Como retaliação Israel aproveitaria o pretexto para expulsar os palestinianos sobreviventes de um ataque demolidor a Gaza.
Também se especula haver petróleo e gás natural no litoral de Gaza.
Uma vez que o assunto está na ordem do dia, ocorre perguntar o que pretenderia o Hamas com esta acção, dado que sabia perfeitamente que o acto de vingança sobre Gaza seria desmedido e arrasador.
Com os dados por agora disponíveis, admite-se que esperaria o apoio militar do Hezbollah e de outros países como o Líbano e a Síria e que quereriam boicotar os acordos em curso entre Israel, a Arábia Saudita e a Jordânia.

Pode então concluir-se que em todos os casos, o preço a pagar pelo país que iria beneficiar no final com estes ataques, se pode admitir ser inaceitável, pois redundou em enormes catástrofes, quer em perdas de vidas humanas quer materiais.

Exceptua-se o caso do ataque atómico ao Japão, cujo perpretador os EUA, apenas tiveram uma condenação moral de toda a humanidade, por terem sido o primeiro e único país a desencadear um crime desta natureza.