A Associação foi representada pelo nosso presidente de direcção que na altura proferiu a intervenção que se reproduz.
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Em nome da Direcção da Associação conquistas da revolução, vou ler um pequeno texto. Optei pela leitura porque numa ocasião como esta, não quero que se percam palavras.
Evoco aqui a obra de Robert Musil.
A personagem do livro, é estranhamente indiferente e não reconhece as suas qualidades.
A sua atitude e entendimento da sociedade, denota falta de profundidade e uma desesperante capacidade analítica que o obrigam a recorrer ao mundo exterior para formar o seu carácter.
Vem isto a propósito, de me propor falar do seu contrário que é o Nuno Pinto Soares que é um homem de qualidades. A sua vida demonstra uma luta constante entre a razão e a alma, com a moral e a ética com ponto de equilíbrio e o ideal como guia e epicentro.
É um homem que tive o privilégio de encontrar na Revolução, tendo referência comum o apreço e a amizade pelo General Vasco Gonçalves.
Sempre admirei no Nuno a sua largueza de horizontes, profundidade de pensamento e fina inteligência. É uma personalidade especial que dá particular importância aos valores da verdade e da opinião.
No aspecto profissional, quero apenas recordar duas situações: a sua acção como Comandante da Academia Militar, onde instituiu uma alteração pedagógica notável na relação professor aluno e a sua inteligência política na condução dos cadetes numa campanha de dinamização cultural no Distrito da Guarda.
Por tudo isto, termino acreditando ser justíssimo desejar que este livro tenha o sucesso que o seu autor merece.