O APOIO SOCIAL ÁS FORÇAS ARMADAS - UMA OBRA PRIMA DE MALÍCIA

 

O APOIO SOCIAL ÁS FORÇAS ARMADAS - UMA OBRA PRIMA DE MALÍCIA
 
 
 Manuel Begonha
Presidente da Mesa da Assembleia Geral
 
Primeiro, fecharam os Hospitais da Marinha e do Exército.
Depois, transfere-se a assistência aos militares e respectivas famílias para o Hospital da Força Aérea.
Seguidamente, negam-se condições de trabalho e remuneratórias dignas ao pessoal aí prestando serviço que desgastado, sai para os hospitais privados.
No orçamento de Estado para 2022, acenam-se com 700 milhões de euros para o SNS que não passa de uma falácia porque esta quantia apenas pagará amortizações e dívidas, pouco restando para contratar mais médicos e restante pessoal de saúde, bem como para comprar e manter novos equipamentos.
No passo seguinte, empurram-se os militares para os Hospitais Privados.
Finalmente, numa obra prima de malícia, o dinheiro que os militares descontam obrigatoriamente para a ADM, 3.5% do correspondente vencimento, é desviado para outros fins que não o pagamento das dívidas aos hospitais privados.
Estes, ou os respectivos médicos, retaliam cortando progressivamente o crédito aos militares.
E assim despudoradamente, acaba-se com o apoio à saúde destes que passarão a pagar as despesas hospitalares do seu bolso.
Deste modo e em especial aos combatentes da guerra colonial ainda sobreviventes, parece que se pretende que o seu crepúsculo perca luz e passem a temer a noite.
Tristemente, vão envelhecendo, tentando afastar o tempo agreste da pobreza.