Jorge Sampaio
Acabamos de tomar conhecimento da morte de Jorge Sampaio.
Não faltarão com certeza muitos elogios em memórias escritas e faladas acerca do Homem, do Politico e do Presidente de Portugal que foi de 1996 a 2006.
Não pretendemos, como é óbvio, vir repetir elogios a um Homem cuja vida ficou marcada pela sua coragem pessoal e desprendimento em relação a possíveis prejuízos na sua carreira política.
Em 1976, poucos dias antes da comemoração do 2º aniversário da nossa revolução de Abril, e num jantar que reuniu alguns militares que tinham estado presos na sequencia dos acontecimentos de Novembro, O Dr Jorge Sampaio manifestou em voz alta e numa breve alocução a sua total disponibilidade para como advogado apoiar e ajudar na defesa desses mesmos militares, que como se sabe sofreram represálias na suas carreiras e alguns o afastamento definitivo da vida militar.
Não podemos nem devemos esquecer a sua posição frontal ao manifestar, enquanto Supremo Comandante das Forças Armadas Portuguesas, a sua oposição em relação ao abjecto acto de sujeição que o 1º ministro da altura cometeu ao servir de hospedeiro nos Açores ao “encontro da aldrabice” (mais tarde este ex-militante do MRPP viria a ser premiado com uma estadia paga nos EUA e um alto cargo no Parlamento Europeu, donde aliás saiu com uma despedida desonrosa ....mas com um alto cargo num Banco Americano).
Foi graças á corajosa posição assumida por Jorge Sampaio que as nossas Forças Armadas nessa altura não
foram incluídas na farsa montada pelos EUA e a sua força de apoio -NATO – num ataque ao Afeganistão, não autorizado nem apoiado pela ONU, que 20 anos depois mostrou á evidencia a sua natureza aventureira.
À Família enlutada apresentamos as nossas sinceras condolências