E porquê este Almirante ??
Marques Pinto
Vogal da Direcção
Penso que todos – principalmente no meio militar - recebemos a notícia da nomeação do Sr Almirante Gouveia e Melo, com uma certa surpresa e perplexidade para ir substituir um demissionário na função de coordenar um projecto/missão que desde o início foi mal definido e que está a correr tão mal e com tantas deficiências.
Quero desde já deixar bem claro que não conheço pessoalmente o Sr Almirante Gouveia e Melo e do muito pouco que me foi dado conhecimento, da sua já longa carreira, em tudo e todas as missões e chefias manifestou ser um oficial de elevada capacidade e grande profissionalismo com um currículo militar absolutamente invejável.
Aliás na sua ultima colocação no Estado Maior General das Forças Armadas estava a desempenhar uma difícil missão na área de planeamento – em que este oficial era já reconhecido como um perito muito apto no meio militar - por todos considerada exemplar dadas as limitações e faltas existentes aos diversos níveis quer de pessoal quer sobretudo de meios ao dispor para acorrer á situação da pandemia que nos ataca.
Em troca de informações com quem já com ele privou e conhece do meio naval, fiquei até a saber que seria um Almirante que na Marinha seria muito bem aceite para daqui a pouco tempo render o actual Chefe do Estado Maior da Armada, pois todos os que com ele privaram lhe reconhecem qualidades e méritos para o desempenho do cargo.
Foi esta última informação acerca do militar em questão que me fez nascer uma dúvida.
Sabemos que tem sido uso e costume dos nossos políticos fazerem as escolhas e nomeações das altas chefias militares por critérios em que normalmente a competência não será prioritária, mas sim a certeza de uma garantia de subserviência e aceitação das politicas determinadas pelo governo, quantas vezes contrárias aos programas e necessidades de operacionalidade que se pretendem manter nos meios e forças militares.
Tivemos recentemente um episódio que pelo seu ridículo e inesperado desfecho ocupou durante uns dias os meios de informação...mas que o governo havia sancionado e pago, á revelia da Marinha equipando a GNR com navios “comprados” no estrangeiro e formando “marinheiros á pressa” em Espanha e Itália.
Enfim com um Almirante de prestigio e brilhante carreira a tomar conta dos vacinandos deste pobre país, lá se poderá nomear outro mais moldável aos superiores interesses do....”governante” em exercício.
Esperemos para ver....