No
quadro da comemoração do 3º aniversário da atribuição pela UNESCO ao Cante
Alentejano do Estatuto de Património Cultural Imaterial da Humanidade, iniciativa
da Câmara Municipal e da Casa do Cante de Serpa, Modesto Navarro e Valdemar
Santos, enquanto membros da Direcção da ACR, foram convidados a intervir, no
passado 26 de Novembro, no Pavilhão de Feiras e Exposições daquela vila, numa “conversa
sobre Michel Giacometti e a criação do Museu do Trabalho” de Setúbal, o qual, naturalmente,
porta o seu nome.

Todo o percurso de Giacometti no nosso país
foi anotado por Modesto Navarro, enfatizando, a dado momento, a “evolução que
iria animar-se na luta contra a guerra colonial que destruía milhares de
jovens, nos combates contra a exploração, o custo de vida e a miséria, pela
cultura integral do indivíduo que Bento de Jesus Caraça, Álvaro Cunhal, Soeiro
Pereira Gomes, Fernando Lopes Graça, Maria Lamas, Virgínia de Moura, Irene Lisboa,
Matilde Rosa Araújo e tantos outros intelectuais defendiam e impulsionavam”.

Uma tarde riquíssima, porque não poucos dos
participantes tinham caminhado com Michel.