O papel preponderante tomado há 124 anos pelos sargentos quando acompanhados por dois ou três oficiais de baixa patente, fizeram sair para a rua uma revolta militar destinada a proclamar a República, ficou imortalizado.
O dia 31 de Janeiro ficou a ser considerado o dia nacional dos sargentos.
A comemoração desta efeméride decorrerá na Casa do Alentejo e a ACR far-se-á representar pelo seu presidente da direcção Manuel Begonha
Intervenção do Presidente da Direcção na sessão de Solidariedade com Cuba
No passado dia 17 de Janeiro comemorou-se, com um almoço na Casa do Alentejo organizado pela Associação de Amizade Portugal Cuba, o 56º aniversário da Revolução Cubana e a libertação dos cinco patriotas cubanos que estavam encarcerados nas masmorras dos EUA.
Na altura, o nosso presidente da direcção, Manuel Begonha, proferiu uma intervenção que o filme reproduz.
Na altura, o nosso presidente da direcção, Manuel Begonha, proferiu uma intervenção que o filme reproduz.
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Intervenção escrita
É com muita satisfação que estamos a comemorar o 56º aniversário da Revolução Cubana.
Vivemos, sem dúvida, um momento de viragem no panorama internacional, uma vez que estamos a assistir a um novo olhar entre Cuba e os EUA.
A violência e a injustiça do bloqueio que tão pesadas consequências teve para o povo cubano, será ainda uma matéria de difícil resolução, devido à oposição dos sectores mais conservadores do congresso norte americano.
Contudo, os processos já alcançados nas negociações bilaterais, nomeadamente com a libertação dos cinco patriotas que hoje evocamos prenunciam uma nova era que não irá ser fácil, pois irá exigir uma grande firmeza ideológica em defesa dos princípios que sempre permitiram a Cuba, prosseguir com a revolução. Isto porque os amigos de cuba, parecem por vezes interrogar-se se estará a ser introduzido na cidade um novo cavalo de Tróia.
Confiamos contudo no povo cubano que sempre tem demonstrado ter grande capacidade de manter-se livre de ingerências indesejada.
Cuba sempre exerceu um grande fascínio nos jovens da minha geração e em vários momentos da história recente, todos nós fomos cubanos.
É também por isto que sempre acompanhamos com grande paixão, o percurso, os ataques e as calúnias de que foi objecto e o símbolo em que se tornou que as forças mais virolentamente reaccionárias do capitalismo internacional, vêm tentando eliminar a todo o custo. Mas esquecem que Cuba tem uma alma forte que pertence ao povo e possui um governo que pode reivindicar a autoridade de actuar a favor dos interesses e vontade desse mesmo povo, entender as suas aspirações fundamentais e expressá-las com grandiosidade e clareza. E é também certo que a estabilidade cubana se fica a dever à forma como tem dividido a sua riqueza e a distribuição do trabalho.
Cuba e os seus revolucionários souberam olhar mais além no futuro, do que aqueles que a criticam.
Desejo portanto felicitar o heróico povo cubano por esta data e desejar que esta nova época que se aproxima vos traga mais prosperidade, bem estar e satisfação e que este país continue a ser uma inspiração para todos aqueles que como nós, anseiam por uma sociedade diferente, mais justa e mais fraterna, onde o homem alcance os espaços da liberdade.
Que o socialismo continui o seu caminho.
Viva Cuba revolucionária!
Posição da ACR sobre escrito publicado no livro PREPARAÇÃO PARA O EXAME FINAL NACIONAL 2015 - HISTÓRIA-A
A Associação Conquistas da Revolução tomou conhecimento que na página 264 do livro "PREPARAÇÃO PARA O EXAME FINAL NACIONAL 2015 - HISTÓRIA-A", editado pela Porto Editora de autoria de António Antão, com a revisão cientifica de Armando Malheiro da Silva contem incorrecções graves que denunciamos.
Transcrição da página 264
“…insubordinações e sublevação geral. É então que, em 25 de Novembro, sob a argumentação de que se estava a preparar uma tentativa de golpe, animada pela esquerda militar e pelo PCP, um grupo de militares moderados liderados pelo general Eanes, respondeu com um contragolpe. Fosse em resposta ou fosse por livre iniciativa, o que aconteceu em 25 de Novembro foi uma surpreendente e arriscada acção militar contra o avanço da esquerda radical que acabou por conduzir as forças moderadas ao poder. Vasco Gonçalves foi demitido e um VI Governo Provisório é entregue a Pinheiro de Azevedo, politicamente mais moderado.
Era o fim da fase extremista do processo revolucionário. A revolução regressava aos princípios democráticos e pluralistas do 25 de Abril, que serão confirmados com a promulgação da Constituição de 1976.
…”
A clarificação da ACR
Impõe-se, desde logo, a correcção duma alteração grave de datas:
O General Vasco Gonçalves foi exonerado do cargo de Primeiro Ministro do V Governo Provisório em 12 de Setembro de 1975. A sua passagem compulsiva à situação de reserva é que é posterior ao 25 de Novembro.
O General Eanes era, à data do 25 de Novembro de 1975,Tenente-coronel
Impõe-se, ainda dizer o seguinte:
O 25 de Novembro - A história está mal contada
Que o 25 de Novembro teve como objectivo travar o processo revolucionário, ninguém tem dúvidas. E, hoje, todos percebemos bem porquê: porque num país verdadeiramente democrático, onde o povo é quem mais ordena, os ladrões, os corruptos, os predadores de todos os matizes, não têm lugar, ou melhor, têm lugar em espaços com grades nas janelas.
Nos poucos mais de quinhentos dias, anteriores ao 25 de novembro, a maior parte dos quais sob Governos de Vasco Gonçalves, a revolução portuguesa ergueu todo um edifício democrático de direitos, construído com os ganhos civilizacionais da Humanidade do final do 3º quartel do século XX, que a Constituição da República Portuguesa de 1976, também ela conquista da nossa Revolução, regista.
O 25 de Novembro, não foi o fim da fase mais extremista da nossa Revolução, foi o início, isso sim, da contra-revolução. Contra um povo que, embriagado da liberdade e da democracia e envaidecido dos direitos que durante tantos anos lhe haviam sido negados, facilmente se deixou enganar, embalar, nos cantos de sereia de uns quantos mentirosos bem falantes, travestidos de gente, mas no íntimo vendidos e rendidos às ordens do grande capital nacional e internacional.
Os ditos oficiais moderados, alguns mesmo sem o saberem, acreditamos, deixaram-se envolver nas manobras mais torpes das forças contra-revolucionárias da direita revanchista, derrotada no 28 de Setembro e no 11 de Março, traindo os seus próprios camaradas.
Ganharam? Não! Abriram as portas ao inimigo que paulatinamente os aniquilou também como imprestáveis e indesejáveis para os seus intentos.
O inimigo, esse sim ganhou e, hoje, refastelado nos corredores do poder, empanturrado no festim do saque, escarnece de todos nós.
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