COMEMORAÇÂO DOS 230 ANOS DO NASCIMENTO DE SIMÂO BOLÍVAR






COMEMORAÇÂO DOS 230 ANOS DO NASCIMENTO DE SIMÂO BOLÍVAR
Senhora Ministra Conselheira, encarregada de negócios da República Bolivariana da Venezuela

Minhas senhoras e meus senhores
É para mim uma grande honra estar aqui, hoje, Dia Internacional de Solidariedade com a Revolução Bolivariana, na qualidade de Vice-Presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), para comemorar os 230 anos passados sobre o nascimento de Simão Bolívar. Tanto mais quanto, para além de nos permitir felicitar o povo da República Bolivariana da Venezuela na pessoa da Senhora Ministra Conselheira, Margarita Mêndola, é também, e muito particularmente, a oportunidade para uma vez mais sentirmos o pulsar da revolução bolivariana, iniciada em 1998 com a eleição de Hugo Chávez Frias.
Simão Bolívar, militar e líder político venezuelano, nascido a 24 de Julho de 1783,é uma das figuras mais ricas da História Universal. Para os venezuelanos, para toda a América Latina, foi um herói, revolucionário e libertador, tendo liderado o acesso à independência da Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela .Foi também, um dos principais responsáveis pelo lançamento das bases ideológicas democráticas na América Latina e percursor na promoção da integração continental ao convocar, em 1826, o Congresso do Panamá considerado o princípio das Conferências Pan- Americanas.
Um Homem de ideias revolucionárias, um Homem muito à frente do seu tempo. Um visionário e um sonhador.
A sua visão do futuro está bem patente na frase seguinte, que lhe é atribuída:
O novo Mundo deve ser constituído por nações livres e independentes, unidas entre si , por um corpo de leis em comum que regulem os seus relacionamentos externos.”
Dois séculos passados, sabemos bem o preço que Humanidade já teve que pagar e sabemos também o muito que ainda falta para lá chegar. A Liberdade e a Independência conquistam-se na luta. Sabiam-no, Hugo Chávez e seus companheiros, na Venezuela, como o sabiam os Homens do MFA, em Portugal. Sabiam e sabemos todos que só os povos serão capazes de vencer estes combates.
Ao longo dos últimos 14 anos foram notórias as transformações políticas, económicas e sociais na Venezuela. Todos os índices demonstram que o desenvolvimento económico e que o progresso social continuam na República Bolivariana da Venezuela. Prossegue a extraordinária redução da pobreza. Prosseguem as políticas sociais com a expansão da saúde pública gratuita para todos, da educação pública gratuita, da cultura, da habitação e da própria alimentação
Ao longo de todo este tempo da Revolução Bolivariana, o povo cerrou fileiras á volta do seu Presidente Hugo Chávez e derrotou todas as tentativas dos inimigos da revolução, internos e externos. Logo em 2002, um golpe de Estado, é abortado, como abortadas foram as tentativas de ingerência externa nos actos eleitorais que se lhe seguiram, inclusive, nas últimas eleições que deram a vitória de Nicolás Maduro.
A Revolução Bolivariana venceu.
Em Portugal sabemos bem, saber de experiência feita, o que custa a Liberdade e a construção de uma vida digna para todos.
Os poderosos predadores da Humanidade, sempre acolitados por “ amigos” internos, não nos dão tréguas. Afinam e refinam as suas manhas e disfarces e, volta não volta, aí estão: sempre com a conhecida tática de vendedores de promessas, para, mal as gentes se distraiam, começarem, como dizia o nosso poeta cantor “ A comer tudo, a comer tudo e não deixar nada.”
É assim que, hoje, os portugueses estão a ser expropriados dos seus mais elementares direitos, tão duramente conquistados durante a Revolução de Abril de 1974, a coberto duma política de austeridade que nada mais é do que o empobrecimento forçado do país para o tornar mais dócil á voragem da exploração e da agiotagem nacional e internacional.
Nuvens bem negras se perfilam no nosso horizonte. Ameaças sérias ao futuro de Portugal, é certo, mas por entre elas o Sol, que já brilhou por aqui numa madrugada de Abril, vai conseguir penetrar e acordar este povo. E se o povo acorda, o povo vence.
Antes de terminar seja-me permitido apresentar, em nome do CPPC, os nossos agradecimentos à Direcção da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, pela cedência das instalações e por toda a colaboração prestada.
Termino como comecei, felicitando, em nome do CPPC, o povo da República Bolivariana da Venezuela e de toda a América Latina, pelo aniversário do nascimento de Simão Bolívar e recorrendo a outro nosso poeta, abranger neste abraço fraterno todos quantos, sabem, como Simão Bolívar, sabia,
QUE O SONHO COMANDA O MUNDO
José Baptista Alves,Vice-Presidente do CPPC e membro da Direcção da ACR.