Faleceu no passado dia 24 de Dezembro o comandante António
Vieira Nunes.
Pertenceu à geração de militares que nos ensinaram a lutar
pela democracia e liberdade, deixando sempre explicita a verdade.
Era um atento avaliador das sensibilidades progressistas,
tendo desenvolvido uma intensa actividade nas iniciativas do Clube Militar
Naval e na Dinamização dos Grupos Técnico-Profissionais
Teve sempre o reconhecimento e o respeito dos que com ele
trabalharam, devido às suas elevadas capacidades profissionais, de
relacionamento e de tolerância.
Numa comissão de serviço em Macau aprofundou alguns dos seus
conhecimentos sobre a arte da política e as regras fundamentais da Teoria da
Revolução.
Após o 25de Abril, manteve-se numa postura conduzida por
princípios e convicção inabaláveis na defesa da Conquistas da Revolução.
Inteligente e perspicaz não se deixava levar pelos
acontecimentos.
E aqui estamos nós perante um homem que teve a coragem de
enfrentar as mudanças deixando-nos com aquela angústia que é não conseguir
ressoar em nós como diria Pessoa “a entonação das vozes que nunca ouviremos
mais”.
Todos temos o nosso próprio cemitério como um cofre
inviolável.
Nele arde a memória dos que de alguma forma iluminaram a
nossa vida.
Nele entrou o comandante Vieira Nunes que não devemos
esquecer
OBRIGADO COMANDANTE!