“O Novembro que o 25 de Abril não merecia” apresentado na Quinta do Conde

 

 

   “O Novembro que o 25 de Abril não merecia”

   apresentado na Quinta do Conde

 

 

    


 


 
Por iniciativa da Comissão de Freguesia da Quinta do Conde do Partido Comunista Português o Salão João Favinha da Junta de Freguesia registou, no passado sábado, 25 de Novembro, trinta presenças num rico debate sobre, precisamente, a obra de António Avelãs Nunes, “O Novembro que o 25 de Abri não merecia”, editada pela Associação Conquistas da Revolução.

    

Para além do autor, na mesa estiveram Margarida Vilhena, membro da Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP, os jovens Liliana Martins, que dirigiu, e André Cordeiro, ambos da Comissão de Freguesia, e Valdemar Santos, da Direcção da ACR.

   Cativando a atenção dos presentes, Avelãs Nunes vincou em particular o comprometimento antidemocrático de Mário Soares com Frank Carlucci na preparação golpista do processo contrarrevolucionário, nos ataques anticomunistas que levaram a assaltos e ao incêndio de Centros de Trabalho do PCP, na aposta em parte conseguida na divisão dos Militares do próprio MFA, e a infame campanha da irredutível identificação do General Vasco Gonçalves com o Partido e os ideais comunistas. E por a iniciativa decorrer num 25 de Novembro, o de 2023, afirmou com enfâse, punho cerrado na mesa: “E cá estamos na caminhada das Comemorações do 50º Aniversário do 25 de Abril”.

    Não deixou de ser lembrada a projecção do filme de Paulo Guerra na base de uma entrevista inédita de Vasco Gonçalves, comemorativo do Centenário do Primeiro-Ministro do Povo e dos Trabalhadores, exactamente há um ano, a 25 de Novembro 2022, no Museu do Trabalho Michel Giacometti, em Setúbal, onde se esgotaram os 10 exemplares da obra de Avelãs Nunes, enquanto na Quinta do Conde tal aconteceu aos 15 que para lá foram transportados – prova provada de que se bem quisermos não há metas inultrapassáveis.


Não podia ser perdida a oportunidade de evocar-se a iniciativa que teve lugar neste mesmo espaço sadino a 11 de Novembro passado, dando-se a conhecer a campanha de fundos visando a construção do Monumento de Homenagem a Vasco Gonçalves na Alameda, em Lisboa, e a reincidência do Coronel Baptista Alves, presidente da ACR, na sua ideia-chave de que “o Monumento já existe, porque do génio de Álvaro Siza” (autor do projecto) “já nasceu e já é património cultural e político de todos nós, gente de Abril”.    

Entre as intervenções contaram-se as dos deputados Bruno Dias, do PCP, e José Luís Ferreira, do PEV, e momento cultural também houve, logo de início, com a bela sonoridade da actuação de dois membros, homem e mulher, do Grupo de Gaiteiros da Freguesia da Quinta do Conde.

  




TEMPOS DE LUTA | Manuel Begonha | Presidente da Assembleia Geral

 

TEMPOS DE LUTA
Manuel Begonha | Presidente da Assembleia Geral

 

 Estamos a viver em Portugal um período muito complexo e em breve seremos chamados a fazer escolhas que podem ser decisivas para o nosso futuro. 
Contudo, ainda há muitos portugueses democratas e patriotas que se revêm e defendem o 25 de Abril e a Constituição da República, capazes de garantir que como disse Dolores Ibárruri, acerca dos fascistas "Não passarão". 
Porque o considero oportuno volto a publicar o texto seguinte :

 

A banalização da violência | Marques Pinto | Vogal da Direcção

 

A banalização da violência
Marques Pinto | Vogal da Direcção


 

Recordo, as palavras e observações que meu pai tantas vezes proferia
acerca da violência que se observava em fotografias em alguns artigos da
imprensa a que se ia tendo acesso, sobretudo imagens obtidas na 2ª
Grande Guerra, na Guerra da Coreia e dos conflitos na Indochina e na
Argélia onde ainda se lutava pela Independência.
Tenho de esclarecer que hoje sou já octogenário e lamentavelmente fiquei
órfão de pai nos anos sessenta do seculo passado e não era frequente ter
acesso a imagens de reportagens pela televisão, que na altura em Portugal
nos brindava com um único canal de total controlo estatal e de curta
duração nas últimas horas do dia.
Mas retomando o assunto da violência e do seu impacto nas populações
queria acrescentar que na altura, meu Pai que tinha vivido em criança
todo o período da 1ª Guerra Mundial e já adulto acompanhara a 2ª Guerra
Mundial, em que as publicações produzidas e distribuídas por ambos os
lados eram profusamente espalhadas nas grandes cidades e das quais
ainda recordo quando comecei a ler, as muitas e variadas reportagens em
que cada um dos lados mostrava os estragos provocados nas cidades do
inimigo.
Contudo nunca esquecerei as críticas que meu pai fazia sobre a violência e
sofrimento que as populações civis eram obrigadas a suportar, o que para
ele como médico de profissão era a preocupação principal, pois recordo
sempre as suas palavras – “os soldados morrem ou ficam muito feridos e
incapacitados, mas quando acaba o confronto, todos, quer civis quer
militares, dum lado e doutro precisam de casa para se abrigarem e agora
vangloriam-se de estarem a destruir o tecto dos outros”
Passado pouco tempo também fui observador local noutro tipo de guerra
e de como algumas chefias militares enumeravam nos seus relatórios “ a
destruição de residências, abrigos e dos meios de subsistência” das
populações que abrigavam - e quantas vezes forçadas – os guerrilheiros
que lutavam pela Independência nas guerras no Ultramar .

Mas o que hoje verificamos na televisão – qualquer que seja o canal que
se procure – é a constante passagem muitas vezes repetida até á exaustão
de cenas de bombardeamento, destruição de pessoas e bens -muitas
vezes com imagens chocantes de homens mulheres e crianças mortas ou
mutiladas, ou em fuga de zonas de conflito ou mesmo de
bombardeamento real.
Percebi e compreendi há dias através dum artigo elaborado por um
professor que aquilo que nos choca e deixa horrorizados e preocupados
durante uns dias dentro de pouco tempo tornou-se quase numa
banalidade e a sensação de repugnância por tais factos de violência
começam a ser cada vez mais tolerados no nosso espírito, sendo essa a
razão pela qual tanta insistência se pratica.
Claro que ao fim de algum tempo as criticas vão sendo menores, a
motivação para as manifestações publicas de repudio vão diminuindo em
intensidade e aderentes e até nos poderes políticos se vão esbatendo as
referencias a tais atrocidades qua tanto chocavam há umas semanas atrás.
È por esse motivo que a imprensa internacional superiormente dirigida e
subsidiada nos inunda permanentemente e profusamente com relatos
fotográficos e filmagens de cenas de devastação – quer seja na Ucrânia,
quer seja agora em Gaza - e começamos a ver que o grande publico cada
vez encara com menos sensação de horror e pena pelo sofrimento
daquelas dezenas de milhares de adultos e crianças que vemos na busca
de abrigo e alimento expulsos das suas casas e que nunca mais as verão
pois passaram a ser escombros e ruinas.
A memória é curta e principalmente quando tudo se vai passando muito a
Leste deste cantinho onde se vão criando outros “fait-divers” e o
sofrimento de tantos milhões vai perdendo importância mas nossas
mentes...e tudo se vai banalizando.

GAZA e os 4 cavaleiros do Apocalipse | E depois de Gaza? | autores Manuel Begonha e Marques Pinto

 

Dado que os artigos que vamos reproduzir remetem-nos para situação vivida actualmente no Médio Oriente resolvemos juntá-los. Aos autores agradecemos a sua colaboração.


Artigo de Manuel Begonha - Presidente da Assembleia Geral

GAZA E OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE

De acordo com os ditames de Benjamin Netanyahu, o povo de Israel que foi objecto de um inesquecível holocausto perpetrado pela Alemanha nazi, parece estar a cumprir a terceira visão profética do Apóstolo João no livro bíblico do Apocalipse.
Fez entrar em Gaza, os quatro cavaleiros :
Conquista/Peste, Guerra, Fome e Morte, montados em cavalos bestiais com o freio nos dentes e sob o signo da vingança.
Enquanto os acobardados países ocidentais o permitirem, haverá pasto para os cavaleiros até ao Juízo Final do povo palestiniano.


Artigo de Marques Pinto - Vogal da Direcção

E DEPOIS DE GAZA??

Temos no momento uma verdadeira carnificina em marcha com milhares e milhares de civis mortos e perseguidos na sua fuga ou sujeitos a serem escoltados como prisioneiros por militares e qua imprensa nacional e internacional chama descaradamente a “Guerra em Gaza”, com acções militares realizadas por Israel de  bombardeamentos aéreos e movimentos de tropas no terreno apoiados por blindados de vários tipos,  realizados com praticamente pouca resistência armada por parte dos palestinianos sejam eles do grupo ”Hamas” ou meros civis palestinianos armados em relação aos pesados meios bélicos  utilizados  por Israel e seus apoiantes declarados  -os Estados Unidos da América-que tendo colocado as suas tropas especiais a dar colaboração activa e fornecendo munições de todo o tipo, nomeadamente em bombas de aviação  de características especiais, sendo algumas delas de modelos experimentais de alta penetração no solo.

Tem sido noticiado frequentemente que tudo começou pela acção do Hamas no dia 7 de Outubro que através duma infiltração bem planeada e de surpresa teria atacado algumas esquadras de policia Israelita -onde teria feito 44 vitimas mortais-e surpreendido uma festa de espectáculo ao ar livre onde o confronto entre o grupo do Hamas e os espectadores (muitos deles jovens e pertencentes a unidades militares de Israel) teria provocado a morte de mais de 200 militares e cerca de 750 civis, alem dos confrontos havidos nos aldeamentos de judeus existentes na Cisjordânia. onde teriam sido mortos civis e militares.

Na realidade e de acordo com algumas fontes noticiosas, cada vez é mais referida a notícia de que algumas figuras de topo no Governo Israelita e alguns Serviços de Informações de Israel teriam com certa antecedência e um grau elevado de consistência tomado conhecimento que se estaria a preparar dentro do Hamas um levantamento armado e insurgente contra a política de estrangulamento económico que Israel estava a praticar há algum tempo na “Faixa de Gaza”.

Claro que analisando certos acontecimentos e informações disponíveis com elevada credibilidade e juntando também dados públicos e noticias surgidas nos últimos anos, podemos ser levados a juntar todos os elementos que temos e fazer algumas analises.

Analisemos então os seguintes elementos:

Terá sido confirmada por empresas especializadas na prospeção de jazidas de petróleo e gás que haviam sido contratadas para o efeito, que há grandes depósitos no mar territorial da faixa de Gaza e até algumas jazidas mesmo em terra.

Na reunião havida em Washington em Setembro de 2023 entre Nataniel e Biden e que talvez na altura foi pouco noticiada, foi, contudo, publicada uma foto da reunião em que o 1º ministro Israelita mostra um mapa de Israel em que não é mostrada qualquer fronteira delimitando Gaza ou Cisjordânia e considerando como todo o território entre a Jordânia e o Mar Mediterrâneo fosse um pais só.

Muita gente se interroga como estavam dois dos maiores porta-aviões dos EUA e os cerca de 70 navios de vários tipos e submarinos que normalmente os acompanham, tão próximos que em poucas horas se presentavam no Mediterrâneo frente a Israel.

Porque já haviam sido produzidos estudos e projectos de construção dum pipe-line submarino a ligar os locais de extracção frente á costa de Gaza a um terminal na costa sul de Itália, é certo que tal projecto teria de ter sido falado e aprovado pelo Governo Italiano.

São estes e muitos outros factores de menor relevo  - como o rápido desenvolvimento de uma grande Base Aérea dos EUA em território Israelita – nas semanas que precederam o ataque do Hamas, que criam grande duvidas sobre quem foi criando sucessivas provocações de menor ou maior relevo mas sempre conducentes a agravar a vida das populações palestinas tanto em Gaza como na Cisjordânia e qual o fim provocatório de tais acções que deixam pairar a duvida de quem realmente queria esta sublevação e que para já está a roubar a vida de milhares e milhares de crianças, mulheres e homens que possivelmente nem tocaram alguma vez numa arma e o seu único “crime” – se tal pode ser assim chamado - é de terem nascido na Palestina ou lá habitarem nesta altura.

Por ultimo deixo apenas aos leitores a pergunta:

SE TANTO SE LUTA POR UM PLANETA MENOS POLUÍDO PORQUE TANTO SE MATA PELOS COMBUSTIVEIS FÓSSEIS?

 

Assembleia Geral | CONVOCATÓRIA | 20231123 17:00horas | NA SEDE DA ACR

 

 

 


 

 

 

ASSOCIAÇÃO CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO

 

CONVOCATÓRIA

 

Nos termos do nº 2 do Artigo 19º dos Estatutos da Associação Conquistas da Revolução, convoco a Assembleia Geral desta Associação para se reunir em Sessão Ordinária, no próximo dia 23 de Novembro de 2023 pelas 17h00 na Sede da ACR – Rua Abel Salazar, 37 A - r/C 1600-817 LISBOA, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1.    Leitura, discussão e votação da acta da sessão anterior;

2.    Informações;

3.    Apresentação, discussão e votação do “Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2024;

4.    Marcação data Assembleia Geral Eleitoral;

5.    Diversos.

 

Se à hora marcada para o início dos trabalhos não estiver presente ou representada, pelo menos, metade dos seus associados efectivos, a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de associados presentes. (Artigo 20º dos Estatutos).

 

Os documentos “Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2024”, encontram-se, para consulta, na sede da ACR e divulgados em:

www.conquistasdarevolucao.pt

www.conquistasdarevolucao.blogspot.com.

 

 

Lisboa, 08 de Novembro de 2023

 

 

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral



Manuel Begonha

 


Museu do Trabalho - Setúbal - 20231111 | Intervenção de Fernando Casaca | Centenário de Vasco Gonçalves

 

 

Começo por partilhar convosco que gosto de histórias, de as ouvir e de as contar. 

As histórias - que resultam da invenção humana - ajudam-me a melhor entender a História - correspondem à forma mais genuína e popular de entender a realidade, na minha perspetiva. A realidade que, por sua vez, é o edifício que resulta de um imenso, de um gigantesco movimento humano - grandioso, quer na dimensão material quer na sua forma imaterial. Movimentação - e motivação - humana, sonhada e executada, de acordo com as lógicas e dinâmicas sociais coletivas, de uma época determinada, que me fascina. Que tanto me fascina, de facto! É o devir histórico, no sentido do progresso!

Progresso...?! Chegou a altura de mudar o rumo deste texto, porque pode correr muito mal...

As histórias... A minha opinião é que as histórias são os relatos mais fidedignos da vida, das nossas vidas e das coisas dessas vidas. Das coisas que vão sucedendo, no mundo que nos rodeia e envolve, sem as rédeas e o espartilho classista dominante.

E porque estou eu a falar de histórias? - estarão, provavelmente, a perguntar na privacidade dos vossos pensamentos... Eu respondo: porque todos os textos e, em particular, todas as narrativas precisam de uma introdução. Uma introdução e um conflito - ou será ‘uma' luta de classes?...

Nova mudança, no rumo que isto está a levar...

Vou ser direto. Falo de histórias, num dia como o de hoje, porque sempre vi o Vasco, o companheiro Vasco, sob o manto das metáforas.

Como sabemos, todas as histórias contêm metáforas, em abundância... para além de introdução e conflito.

Por esta altura, já estarão a perceber a relação, entre o que nos trouxe a este lugar e as minhas palavras - não?...

Vasco Gonçalves era o militar, o general que trajava à civil, tal como sempre o conheci.
Era o primeiro-ministro da Revolução. Nenhum outro personificou o 25 de abril, como o Vasco, o companheiro Vasco. E isto - esta imagem que persiste, na minha memória de abril - isto está cheio de metáforas, de histórias.

Quero contar-vos, então, um pouco da minha experiência, em jeito de história. As histórias são como os jogos, precisam de jogadores motivados, conscientes e engajados.
Vou, pois, lançar as pistas para que, todos juntos, possamos recriar os enredos, as narrativas, desta História de verdade. Estão de acordo? Obrigado.

Estamos aqui por causa do cem. Cem, com c de companheiro, c de centenário, c de conquistas, c de cinquenta - que outros tantos tem abril! ou tantos quantos contam os anos da Liberdade! C de cinco - o número dos dedos a que, cerrados, chamamos punho.
Cinco que corresponde ao mês de maio, o quinto do nosso calendário - o mês em que celebramos o trabalho. Mas não haveria nenhum cinco no mundo, sem um quatro - o que nos leva de novo a abril, de facto. Cinco que multiplicado por outros cinco, ou seja, por si próprio, se faz em vinte e cinco - o dia em que faz anos a Liberdade. E não há nisto outra ciência, que as histórias da minha infância não possam explicar. Que a História não é
senão uma invenção coletiva, em que o conflito - a luta de classes, ainda se lembram?... - gera as mudanças, os desfechos; gera novas realidades. Um conhecimento do mundo - a matemática, a álgebra e a alegria, de construir um edifício ou de levantar uma muralha - uma muralha feita do aço, de que somos feitos, quando sabemos enfrentar o fascismo, o obscurantismo; quando combatemos a exploração dos homens pelo homem; quando não
nos permitimos substituir a grandeza da Humanidade pela pequena dimensão do homem individualista.

E também há o c com cedilha - aquele acento que lembra uma mola. O acento que ressalta na imaginação, como mola propulsora do movimento ascendente e do progresso social e da humanidade. Um segredo guardado no abecedário do futuro, escondido sob a letra c. É o c da muralha d’aço. Ergamos de novo esta muralha, feita com o aço, agora, forjado nestes cinquenta anos de abril. O aço que sustenta a vontade, individual e
comum, de construir um mundo melhor. O aço temperado com a consciência de ser classe - o aço, que está no braço e no abraço, que vos deixo neste dia.

Museu do Trabalho - Setúbal - 20231111 | Síntese da intervenção de Baptista Alves | Centenário de Vasco Gonçalves

 

 

 


Síntese da intervenção de Baptista Alves
Presidente da Direcção

 

Esta iniciativa insere-se nas comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril de 1974 e tem como objectivo principal a apresentação do projecto de construção de um Monumento de homenagem ao General Vasco Gonçalves.

O primeiro grande passo para a sua concretização foi o convite ao Arquitecto Álvaro Siza, em cumprimento de decisão da Comissão de Honra das  comemorações do Centenário do nascimento do General Vasco Gonçalves e foi um auspicioso início deste processo pela adesão imediata e, diria mesmo, entusiástica do Arquitecto e seus colaboradores e, muito particularmente, do Arquitecto António Madureira.
 

O segundo grande passo foi o contacto com a CMLisboa, para cuja concretização foi criada uma delegação da Comissão Executiva do Monumento. Foi marcado por um inconcebível rol de peripécias que se encontram bem documentadas na “ Colectânea das comemorações do Centenário do nascimento do General Vasco Gonçalves”, editada pela nossa ACR: uma primeira declaração de apoio e adesão por parte do PCMLisboa, provocou a reação do Presidente do CDS e outros adversários de Abril e na sequência um manancial de bloqueios administrativos nada consentâneos com a democracia de Abril. Mas, foi marcado também pelo desenvolvimento do estudo prévio do Monumento que apresentámos publicamente, na Casa do Alentejo, no Jantar comemorativo do 49º Aniversário do 25 de Abril de 1974. E, como não podia deixar de ser, divulgámos por todos os meios ao nosso alcance, com especial relevância por via NET, dado adquirido que é
o total silenciamento por parte dos grandes meios de comunicação social dominantes,… dominados.
Façam o que fizerem os semeadores de escolhos, de todos os matizes, o Monumento já existe, porque do génio de Álvaro Siza já nasceu, e é já património cultural e político de todos nós, gente de Abril.

O terceiro grande passo foi dado no dia 5 de Outubro, dia de afirmação republicana, com o lançamento da subscrição pública para a construção do Monumento, a que se seguiu a inauguração virtual do Monumento, pelas 19H00, na Alameda D.Afonso Henriques. Esta iniciativa marcou também o início do processo de construção física do Monumento, em mármore de Estremoz, a ser doado à cidade de Lisboa, onde nasceu o General V.G., no Bairro da Graça, e onde viveu, lá para os lados das Avenidas Novas.

O quarto grande passo, estamos a dá-lo agora, aqui hoje e nos amanhã em qualquer lado do Portugal de Abril, com um grande objectivo:
Comemorar o 50º Aniversário do 25 de Abril de 1974, no dia 25 de Abril de 2024, com a inauguração do Monumento de Homenagem ao General Vasco dos Santos Gonçalves, na Alameda D. Afonso Henriques.

Ali mesmo, a meio do espaço entre a Graça, onde nasceu o General e as Avenidas Novas, onde viveu:

  • Na belíssima Alameda D. Afonso Henriques que acolhe anualmente as comemorações do 1º de Maio;
  • Frente ao IST, referência da Engenharia Portuguesa e símbolo que também foi do Movimento estudantil que corajosamente afrontou a ditadura, engrossando assim o movimento anti-fascista português que não concedeu tréguas ao regime de Salazar e Caetano;
  • Naquele espaço que ostenta o nome do fundador da nação que somos, queremos deixar gravado o nome do refundador da nação que queremos ser: o Portugal de Abril.

ASSEMBLEIA GERAL - Convocatória

 

 


 

 

 

ASSOCIAÇÃO CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO

 

CONVOCATÓRIA

 

Nos termos do nº 2 do Artigo 19º dos Estatutos da Associação Conquistas da Revolução, convoco a Assembleia Geral desta Associação para se reunir em Sessão Ordinária, no próximo dia 23 de Novembro de 2023 pelas 17h00 na Sede da ACR – Rua Abel Salazar, 37 A - r/C 1600-817 LISBOA, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1.    Leitura, discussão e votação da acta da sessão anterior;

2.    Informações;

3.    Apresentação, discussão e votação do “Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2024;

4.    Marcação data Assembleia Geral Eleitoral;

5.    Diversos.

 

Se à hora marcada para o início dos trabalhos não estiver presente ou representada, pelo menos, metade dos seus associados efectivos, a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de associados presentes. (Artigo 20º dos Estatutos).

 

Os documentos “Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2024”, encontram-se, para consulta, na sede da ACR e divulgados em:

www.conquistasdarevolucao.pt

www.conquistasdarevolucao.blogspot.com.

 

 

Lisboa, 08 de Novembro de 2023

 

 

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral



Manuel Begonha

 


Governos de Partido Único Marques Pinto | Vogal daDirecção

 

Governos de Partido Único

 Marques Pinto | Vogal daDirecção

 

 

Desde longa data que sabemos que governar em Democracia tem de implicar e aceitar a existência de varias correntes de pensamento político e diferentes visões de vivencia, com respeito e aceitação de diversos pontos de vista sobre o modo e meios que dentro duma sociedade todos os cidadãos devem respeitar e fazer respeitar as opiniões e até conceitos de vivencia, subordinando as ideias e atitudes a modos de convivência não conflituosa entre todos os cidadãos.

 

Claro que a Democracia desde o tempo das celebres Republicas Gregas sempre teve de se fazer cumprir através da legislação – a que todos os cidadãos independentemente do cargo político ou posição social são obrigados - por vezes de meios coercivos para com todos os que de qualquer facção ou corrente pretendiam fazer impor os seus pontos de vista ou opções, contrariando pela força ou usando de técnicas ou tácticas que pela violência ou imposição de legislação imposta pelo poder político na altura, lhes permitisse  subordinar quem não aceitasse ou contrariasse os seus interesses imediatos  do partido ou força politica no poder governativo.

 

Desde sempre me convenci que em países em que a historia relativamente recente de ditadura governamental tivesse existido o surgimento no seu leque parlamentar de uma maioria de uma só força ou ideologia política dará origem ao surgimento de domínio e falta de respeito pelas opiniões de outros partidos ou correntes políticas.

 

A governação por partido que detenha mais de 50% de parlamentares arrastará sempre a ideia do “agora posso, agora quero, agora Mando e Disponho”, seguindo a velha máxima que durante 48 anos suportámos em S.Bento do “quem não vota por mim está contra mim”


Monumento a Vasco Gonçalves | apresentação em Setúbal | 11 de Novembro


 

PARA OS MAIS VELHOS | Manuel Begonha | Presidente da Assembleia Geral

 

PARA OS MAIS VELHOS
Manuel Begonha | Presidente da Assembleia Geral

Agora que acabei de completar os oitenta anos, passei a ser um octógono, como um jovem que tem uma má relação com o português me disse.
Entretanto, veio-me à memória uma frase de Clint Eastwood, actor, realizador e produtor de cinema que com 93 anos continua a trabalhar, que é a seguinte :
"Don't let the old man in" ou seja 'Não deixes o velho entrar ".
Com a morte recente de Margarida Tengarrinha, tivemos um exemplo de uma mulher notável que nunca deixou a velha entrar, lutando tenazmente ao longo da vida e até ao fim, pela Paz e Liberdade entre os povos.
É uma frase motivadora, porque nos encoraja a levantar em cada novo dia e retomar a luta pelos nossos ideais, deixando assim o velho longe da nossa porta.