Intervenção de Manuel Begonha na tomada de posse dos Órgãos Sociais 2015 – 2017




Neste dia de mudança quero agradecer especialmente pela confiança manifestada e apoio incondicional aos restantes órgãos sociais, desde a Assembleia Geral e Conselho Fiscal á Direcção cessante a determinação com que deu cumprimento aos Estatutos da ACR, tendo promovido, organizado e intervindo em diversas iniciativas, na luta pela defesa dos direitos, liberdades e garantias do nosso povo. 
Encontrámo-nos em todas as frentes onde o combate foi de resistir á destruição do País, quer no campo económico e político quer no campo social e civilizacional.
Honramos o nosso compromisso de não deixar esquecer, o exemplo, o pensamento e a obra do General Vasco Gonçalves e de assumir sem desfalecimentos a defesa das Conquistas da Revolução e os valores e ideais de Abril.
Agradecemos também aos nossos associados, amigos e a todas as entidades todo o apoio e colaboração prestada.
Como alguém já disse que os “amigos não morrem” não quero deixar de evocar, um homem para com quem temos uma imensa dívida, o nosso primeiro Vice-presidente, José Casanova.
Passemos então ao que fazer neste futuro próximo.
A luta é sair da situação de fraqueza em que a investida reaccionária nos colocou, continuando a convocar os nossos associados, fornecendo-lhes uma informação actualizada, incluindo especialmente a financeira, uma vez que esta foi capturada pela oligarquia neo-capitalista, ao controlar os meios de comunicação social. Basta observar as tv’s generalistas, cujos comentadores monocolores, se tornam patéticos e profetizam imbecilidades, enquanto caminhamos imparavelmente para o tribunal de insolvências e a sua comissão liquidatária. 
Na verdade todos os que defendem sem hipocrisias o 25 de Abril e Vasco Gonçalves estão envolvidos num verdadeiro cordão sanitário que urge romper. 
Também é nosso objectivo continuar a combater a pobreza que é a certidão da desigualdade que nos sufoca. As intenções do governo em a diminuir não passam de uma falácia, porque é importante para este, que o desemprego continue a constituir uma pressão sobre o mercado de trabalho e assim garantir uma mão-de-obra fácil e barata.
Queremos denunciar a corrupção, uma vez que a justiça brande uma espada muito frágil contra os que violam a lei, limitando-se a ameaça-los com a prisão preventiva. Os ricos riem-se e contratam bons advogados. Os outros são incriminados e povoam as prisões.
Estamos integrados numa Europa desgovernada que continua a impor-nos a lei da força. A negociação da dívida ou a saída da zona euro são temas que deverão ser obrigatoriamente discutidos, apesar dos tempos em que estamos envolvidos de ameaças bélicas, fronteiras devassadas e a miragem dos poços de petróleo.
Há então que sair da ditadura do poder económico da comunidade europeia.
Devemos portanto estar preparados para cortar com esta nova forma de exploração e principal constrangimento ao nosso desenvolvimento.
Continuaremos a lutar contra os ataques às Conquistas da Revolução, nomeadamente à Constituição da República, não nos submetendo e denunciando as injustiças, as mentiras e a destruição que àquelas está associada. Não queremos pactuar com o declínio da independência e soberania nacionais. Assumimos um comprometimento com a verdade e com as grandes causas sociais, vítimas da especulação financeira.
Vamos continuar a chegar junto dos mais novos, nomeadamente em iniciativas a levar a cabo integradas nas comemorações do 25 de Abril. 
Outro dos nossos objectivos é a questão da cultura. Embora o governo não tenha obrigação de criar cultura, deverá promover as condições para que se desenvolvam os bens culturais, competindo aos correspondentes agentes, fazê-las chegar a todo o povo. Teremos aqui um papel a desempenhar.
Teremos de transformar as nossas intenções em grandes mudanças políticas e sociais, tendo em conta os actos eleitorais que se aproximam.
A mudança jamais será alcançada para os que acreditam que a conseguirão se apenas gritarem o elogio ás suas virtudes. 
A fraqueza dos acomodados, só servirá para reforçar a perversidade dos dominadores sem escrúpulos, que apenas se vão preocupando em exercer as suas políticas maléficas, no dia-a-dia, procurando sobreviver até á próxima eleição.
Continuaremos a apoiar todas as manifestações na defesa dos povos á sua independência e soberania nacional, sempre que atacados pelas forças mais obscuras do capitalismo internacional.
Além do cumprimento dos Estatutos e do nosso compromisso eleitoral, querem estes corpos sociais agora eleitos, continuar a honrar Vasco Gonçalves e revisitar todas as memórias necessárias, evitando assim que o tempo as vá corroendo de uma forma difusa.
Podem estar certos que por mais que nos façam querer tombar, sempre nos ergueremos, levantando as bandeiras do combate que nos anima. A dignidade do povo português.


VIVA A ACR.

Manuel Begonha
Presidente da Associação Conquistas da Revolução

ELEIÇÕES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS da ASSOCIAÇÃO CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO

Foram eleitos os órgãos socais da ASSOCIAÇÃO CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO.
Sendo a Lista "A" a única lista apresentada.
Associados já inscritos:760.
Associados presentes e votantes na Assembleia Geral Eleitoral:51.
Votos expressos na lista "A":51.






ÓRGÃOS SOCIAIS ELEITOS














Convocatória Assembleia Geral 26 de Março de 2015


Relatório e Contas - 2014

















Prestação de Contas 2014 / Parecer do Conselho Fiscal










Associação Conquistas da Revolução

Parecer do Conselho Fiscal

Exercício de 2014



1 - O Conselho Fiscal, no cumprimento das disposições legais estatutárias, acompanhou a actividade da Associação Conquistas da Revolução, tendo, sempre que achou conveniente,  solicitado à Direcção os esclarecimentos que se mostraram pertinentes, de modo a saber da concordância das contas com a actividade desenvolvida, e do correcto suporte documental das despesas apresentadas.

2 - Da análise que fez às contas apresentadas pela direcção, é parecer do Conselho Fiscal que as contas, o balanço e demonstração de resultados apresentados resultam da aplicação correcta dos princípios contabilísticos que refletem a situação económico-financeira da Associação.

3 - Assim o Conselho Fiscal dá o seu parecer favorável às contas, balanço e demonstração de resultados relativos ao ano de 2014, bem como à proposta da Direcção de  que o resultado apurado de 651,70 euros(negativo) passe para a rubrica de resultados transitados.


Lisboa, 10 de Março de 2015


O Conselho Fiscal

Composição da Lista A - Eleição para os Corpos Sociais da ACR



Programa Eleitoral da lista A

Associação Conquistas da Revolução

Programa Eleitoral da lista A

Compromisso para o mandato de 2015 a 2017

“Pela Defesa das Conquistas da Revolução”

O Povo português continua a sofrer de uma ofensiva cujo objectivo é liquidar o que resta das Conquistas Revolucionárias e denegrir as já destruídas, maioritariamente concretizadas nos Governos provisórios presididos por Vasco Gonçalves e posteriormente consagradas na Constituição da República de 2 de Abril de 1976 (ela própria alvo de sucessivas revisões descaracterizadoras).

No segundo mandato que agora se inicia pretende esta lista aos órgãos sociais da ACR, continuar a luta pela defesa dos direitos, liberdades e garantias do nosso povo, intervindo em todas as frentes onde o combate seja resistir à destruição do país, quer no campo económico e político, quer no campo social e civilizacional.

É importante ainda, zelar pelo cumprimento dos Estatutos da ACR, promovendo, organizando e intervindo em iniciativas que mantenham vivos o nome, o pensamento e a obra do General Vasco Gonçalves e assumir intransigentemente a defesa das Conquistas da Revolução, valores e ideais de Abril.

O ano que decorre poderá ser de grandes mudanças políticas e sociais, devido aos actos eleitorais que se aproximam. A mudança que a nossa sociedade necessita só terá êxito se se apoiar num grande movimento de trabalhadores, de democratas, da juventude e de todas os homens e mulheres que defendem um país independente e soberano, de todos aqueles que lutam por uma política baseada nos valores de Abril.
Assim sendo é o seguinte o nosso compromisso:
  1. Promover todas as acções que se enquadrem no objecto da Associação;
  2. Utilizar todos os meios próprios, blogue, página da ACR e Folha de informação (que deverá ser na medida do possível, de esclarecimento e agregação dos associados, de promoção dos valores de Abril e da soberania nacional), bem como todo o tipo de iniciativas que façam chegar aos associados e ao maior número possível de pessoas, nomeadamente os jovens, a actividade da nossa Associação, os factos não deturpados ligados à Revolução, aos Governos provisórios e à contra-revolução, analisando o seu significado e génese;
  3. Continuar a divulgação dos livros “Conquistas da Revolução” e “Vasco, nome de Abril”, em todo o país, envolvendo os respectivos núcleos e associados, e continuar com a correspondente expansão, recorrendo sempre que possível a meios de animação cultural adequados;
  4. Assegurar uma comemoração condigna do 40º Aniversário da Constituição da República;
  5. Continuar a desenvolver esforços para encontrar instalações para a nossa sede social e simultaneamente para a criação de um Espaço para a recolha do espólio sobre o General Vasco Gonçalves;
  6. Continuar a campanha de novos associados, dando uma atenção especial aos jovens;
  7. Estabelecer relações com todas as estruturas associativas que pretendam valorizar os valores de Abril;
  8. Assegurar a mobilização da ACR para as lutas dos trabalhadores e do povo, com destaque para as comemorações populares do 25 de Abril e o 1º de Maio;
  9.   Manter o critério de considerar “sócios de mérito”, figuras que se tenham  destacado no combate pela liberdade e dignificação do nosso povo no âmbito dos ideais e dos valores de Abril.

Sessão comemorativa dos 40 anos das Nacionalizações

A Associação conquistas da Revolução em colaboração com a União dos Bancários Reformados, realizou no passado dia 14 de Março uma sessão comemorativa dos 40 anos das Nacionalizações, a ACR fez-se representar por Manuel Begonha, Presidente da ACR e Batista Alves, Vogal da Direcção.



 “ A BANCA NO DESEMPENHO DA NOVA MISSÃO”

É com muita honra que aqui estamos, hoje, a participar nesta comemoração do 40º Aniversário da nacionalização da banca. A Associação Conquistas da Revolução assumiu como seu dever primeiro,  preservar,  divulgar e promover o apoio dos cidadãos aos valores e ideais da Revolução, iniciada em 25 de Abril de 1974. E, a nacionalização da Banca foi uma das Conquistas mais emblemáticas e mais marcantes da nossa Revolução: pela exemplaridade da sua concretização pelos trabalhadores bancários e pela importância decisiva que teve no avanço do processo revolucionário.

O DL 132-A/75, de 14 de Março, do Conselho da Revolução, pelo qual são nacionalizadas todas as instituições de crédito com sede no continente e ilhas adjacentes, com excepção dos bancos estrangeiros e da caixas económicas e  caixas de crédito agrícola, no seu preâmbulo, relevava, muito justamente,  a capacidade demonstrada pelos trabalhadores da banca na fiscalização e contrôle do respectivo sector de actividade.

Vasco Gonçalves, em entrevista ao «Jornal de Notícias», afirmava então:Penso que hoje é um dia histórico para o nosso povo. O 14 de Março fica gravado na história do nosso povo , como uma data que corresponde a um passo muito importante dado na sua libertação, na via do progresso, na via do País dominar os seus próprios recursos. Portanto julgo que hoje é um dia de alegria para todos, menos para aqueles que beneficiavam largamente com o sistema anterior vigente.

À pergunta “O que significa esta nacionalização da banca privada, para o nosso povo?”
Respondia assim: “Significa que o dinheiro desse mesmo povo, depositado nos bancos, vai deixar de servir para especulações fraudulentas de uma minoria privilegiada,...;vai passar a servir as veradeiras necessidades do povo, no desenvolvimento da agricultura, da indústria, do comércio interno e externo. O Estado fica com possibilidades de orientar a política de crédito concretamente. Fica com a possibilidade de aumentar o crédito para aqueles sectores onde ele é mais necessário, para o desenvolvimento global do nosso País.

De forma simpes e objectiva, como era seu timbre,” como só ele sabia, Vasco Gonçalves deixava assim antever o papel que a banca viria a desempenhar no novo impulso ao processo revolucionário proporcionado pela derrota da aventura reaccionária e criminosa do 11 de Março de 1975.

Tive o privilégio de ter trabalhado na concretização das políticas do IV, do V e do VI Governos Provisórios, na área da Habitação, mais propriamente no Fundo de Fomento da Habitação.

A situação herdada do fascismo, de extrema pobreza, evidenciava nesta área carências bem patentes nos dados estatísticos seguintes, reportados a 1970:
         -cerca de 23% das famílias portuguesas habitavam alojamentos sem água, sem luz,e sem instalações sanitárias;
          -os alojamentos com água canalizada não chegavam a 50% e, dos que não a tinham, em 18% dos casos só podia ser obtida a mais de 100 metros do alojamento;
          -cerca de 40% dos alojamentos não tinham instalações sanitárias.
Após o 25 de Abril, as populações dos “bairros de barracas” e bairros degradados que proliferavam um pouco por todo o país, organizaram-se e desencadearam um forte movimento reivindicativo pelo direito a uma habitação condigna, movimento a que o poder revolucionário respondeu com um programa ambicioso, estruturado e pensado para a solução das carências habitacionais dos diferentes estratos sociais envolvidos, como um imperativo de justiça social, aliás, em estrito cumprimento do Programa do MFA.

A situação que então se vivia ao nível da construção civil, encerramento de empresas, despedimentos, etc., em consequência do abrandamento da procura e da sabotagem económica dos patrões não conformados com o rumo dos acontecimentos, aconselhava uma rápida intervenção e investimento público no sector, tanto mais quanto se tratava dum circuito económico  exclusivamente interno, ou quase, arrastando uma variedade imensa de pequenas actividades subsidiárias.

Cumprir-se- iam assim  dois grandes objectivos: construir habitação necessária e reactivar a costrução civil.

Como é óbvio a concretização deste Plano ambicioso implicou a mobilização de grandes volumes financeiros, em parte, suportados directamente pelo Estado, através de linhas de crédito específicas e noutra parte, através de contratos de desenvolvimento.

Isto só foi possível, nas condições em que foi, porque a banca estava nacionalizada, ou seja, ao serviço exclusivo do interesse nacional.

Os resultados não se fizeram esperar, com evidências inquestionáveis.Aqui com propriedade se poderá dizer “ evidências de pedra e cal. Não fora o pouco tempo que nos restou livres da dominância contra-revolucionária e outro bem diferente seria o tempo que estamos a viver, nesta área e em todas as outras.

É bom recordarmo -nos, que a situação internacional na altura era de depressão económica generalizada, 1974 e 1975-”conheceram a mais profunda crise que as economias industrializadas do Ocidente suportaram após a 2ª Guerra Mundial”.
Este  facto, com efeitos dramáticos para a economia portuguesa, acarretava dificuldades à revolução tanto mais quanto se processavam transformações tão profundas  na sociedade, nas relações de produção e nas estruturas de poder, com naturais perturbações, acrescendo ainda o retorno de 650.000 cidadãos das ex-colónias que houve que alojar e integrar.

Contudo, ao contrário do que então a contra-revolução propagandeava, de forma indecorosa, a resposta do poder revolucionário em aliança com o povo trabalhador, com particular evidência durante os Governos de Vasco Gonçalves, foi pronta e eficaz.
Muito nos orgulhamos hoje da forma verdadeiramente excepcional como foi resolvido o problema dos retornados das ex-colónias, tarefa ciclópica para um país da dimensão do nosso.

Muito nos orgulhamos das Conquistas da nossa Revolução, que apesar de fortemente
golpeadas pelos inimigos de Abril, continuam a ser a razão e a inspiração para a nossa luta.

E temos também sobejas razões para nos orgulharmos da capacidade demonstrada por este povo que somos no período em que foi efectivamente o povo quem mais ordenou.
Insuspeitos testemunhos aqui ficam:

Anexo ao DL951/76
As remunerações do trabalho que, em 1973, atingiam apenas 48,5% do rendimento nacional, terão passado a absorver 53% em 1974 e 58% em 1975, ao mesmo tempo que se instituía o salário mínimo nacional e se reduzia o leque salarial de 1 para 7,3, em 1973, para 1 para 4,3, em 1975.
no que se refere às variáveis macroeconómicas, a quebra de produção verificada em 1975 terá atingido 2,7% ( aqui convem lembrar o que já dissemos atrás, que se vivia uma crise internacional muito forte e que este valor, sendo negativo era muito inferior aos verificados na generalidade dos países ocidentais), e foi provocada sobretudo pelo decréscimo do sector secundário,indústria transformadora(-1,9%), construção (-12,2%) e energia (-3%), já que a produção do sector agrícola conheceu ritmos de crescimento superiores aos verificados no passado. Prevê-se para 1976 um aumento do PIB ao custo dos factores de 5,1%, a preços de 1970, o que evidencia o esforço de recuperação das estruturas produtivas nacionais.”

Vale a pena também referir aqui que um Relatório, patrocinado pela OCDE e elaborado por três especialistas do MIT, em Dezembro de 1975, afirmava:

Parece ser, em Portugal, opinião virtualmente unânime, que ocorreu um declínio catastrófico da actividade económica na última metade de 1974 e durante 1975. as avaliações quanto a esse fenómeno incluíam frases como-«no limite do caos» e «á beira do abismo».Perante perspectivas tão negras, pode ser considerado como optimismo injustificado afirmar, que ,embora a situação seja bastante delicada, no início de 1976 a economia Portuguesa apresenta-se surpreendentemente saudável.Embora exista um potencial para futuras quedas reais da produção e dos rendimentos, para mais desemprego e inflação,existe também a potencialidade para uma forte recuperação.”

...e, mais adiante
Para um observador externo que lesse apenas as tabelas estatísticas nacionais e não visse uma única referência à revolução social, o registo do último ano e meio em Portugal não se lhe afiguraria muito diferente do do resto da Europa, mas com algumas discrepâncias intigrantes. Embora a economia se encontre em depressão, o cosumo das famílias aumentou e, coforme já foi referido, a fracção do Rendimento Nacional correspondente ao trabalho também aumentou. Mas as principais tendências, como a redução da produção e do investimento, os deficits da Balança de Pagamentos, e a inflação, todos se apresentaram como muito familiares e, até mesmo, menos graves em Portugal do que em alguns dos outros países da Europa Ocidental.”

Podíamos aqui fazer a listagem das aleivosias e das mentiras em que alguns fundamentaram as suas estratégias de conquista do poder, as alianças contra-natura, ou não,em que se envolveram, sem escrúpulos e sem vergonha.
Podíamos aqui fazer também a listagem dos autores materiais deste autêntico crime de lesa-pátria iniciado com a privatização da Banca e dos sectores básicos da economia e que nos conduziu á situação desgraçada que hoje vivemos. Aliás, diga-se, alguns ainda andam por aí, vestidos com pele de cordeiro e balidos doces a apregoar papas e bolos.

Hoje, vamos ficar por aqui, festejemos a Nacionalização da Banca, Conquista da nossa Revolução, homenageemos os trabalhadores bancários e, parafrazeando Vasco Gonçalves, diremos: comemoramos o dia 14 de Março de 1975 que foi um dia de alegria para todos, menos para aqueles que beneficiavam largamente com o sistema anterior vigente.

E, como é público e notório, o anterior vigente é aquilo que hoje temos, urge que, outro qualquer dia venha, com aquilo que já tivemos.
                 
Intervenção de 
Batista Alves, Vogal da Direcção da ACR




Intervenção da ACR na comemoração do 15ª aniversário da Associação de Praças



O nosso obrigado pelo convite que foi endereçado à Associação Conquistas da Revolução para estarmos aqui presentes neste décimo quinto aniversário da Associação de Praças. Convite que muito nos honra.
A ACR é uma associação aberta a todos os cidadãos e que tem por objectivo preservar, divulgar e promover o apoio dos cidadãos aos valores e ideais da Revolução, iniciada em 25 de Abril de 1974, esse que foi o momento mais luminoso da História de Portugal, cultivando o espírito revolucionário e a consciência social progressista, com a construção de uma democracia política, económica, social e cultural amplamente participada, que a Constituição da República Portuguesa, aprovada em 2 de Abril de 1976, viria a consagrar. 
 A ACR tem pautado a sua actuação com palestras, colóquios, e a produção de documentação e livros de modo que a história recente não seja deturpada, reescrita ou simplesmente esquecida, como é o caso da tentativa de prescrição da memória e o legado do General Vasco Gonçalves.

Faço a todos os ataques que os militares têm sofrido na sua dignidade e direitos básicos, eu como cidadão e militar por vezes interrogo-me:
E COMO SERIA SE NÃO FOSSE O TRABALHO DESENVOLVIDO PELO ASSOCIATIVISMO MILITAR?
Permitam-me que lhes recordo apenas alguns casos de arbitrariedades ou mesmo abuso do poder:
- A extinção do fundo de pensões de forma arbitrária;
- A tomada de posse, na última quinta-feira, da sra Rita Cristóvão Coelho para dirigir o IASFA. 

 Na minha opinião é mais um negócio obscuro do governo ao colocar na Direção do IASFA pessoas com interesses pessoais e dos privados das empresas que atuam no ramo da saúde.
 Por este andar o IASFA, cujo enorme património nos pertence, continua a ser descaracterizado e desviado dos fins para que foi criado;

- Por último recordo, ainda, o processo de revisão profunda do EMFAR em que se pretende alterar, entre outros, no relacionado aos deveres especiais dos militares:
Onde se lê:
“ OS MILTARES EM EFECTIVIDADE DE SERVIÇO SÃO RIGOROSAMENTE APARTIDÁRIOS”
 Pretendem que se passe a ler:
“O DEVER DE INSENÇÃO POLÍTICA”

A estes senhores neoliberais aceitamos que acreditem que o mercado livre, com os seus gestores de topo gananciosos e trafulhas, seja o motor do desenvolvimento das sociedades, mas já não lhes perdoamos o seu analfabetismo em ciências sociais ou humanas. 

Como escreveu o comandante Almeida Moura, recentemente, numa reflexão sobre os militares e a política:
 “UM SER ISENTO POLITICAMENTE É… UM NÃO SER” 

Assim o associativismo militar, na defesa da dignidade militar e dos seus direitos básicos, contribuindo para umas forças armadas mais coesas é fundamental e hoje, e como sempre, esse associativismo está de parabéns por todo o trabalho desenvolvido e por, entre associações congéneres, encontrarem plataformas comuns de acção.

 Hoje neste décimo quinto aniversário, que aqui comemoramos, esses parabéns são duplos para a ASSOCIAÇÃO DE PRAÇAS.

Viva a AP!    
Viva o associativismo militar!  
Vivam as Forças Armadas!     
Viva Portugal!


Manuel Gonçalves de Carvalho

ALMADA - Apresentação dos livros "Vasco, nome de Abril" e "Conquistas da Revolução"


18 de Abril - 17 horas
Fórum Municipal Romeu Correia


8 de Março - Dia da Mulher

A ACR fez-se representar na iniciativa promovida pelo núcleo da Moita da Associação de Amizade Portugal-Cuba subordinado ao tema "O papel da Mulher na Revolução Cubana".
Nessa iniciativa, realizada a 8 de Março, estiveram presentes o Embaixador da Venezuela, General Lucas Ricon e a Embaixadora de Cuba Johana Tablada.

40º aniversário da nacionalização da banca

A 14 de Março de 1975 como corolário da luta contra a corrupção e a sabotagem económica, levada a cabo pelos bancários, é nacionalizada a banca. Foi uma das primeiras medidas tomadas pelo recém criado Conselho da Revolução.
A Associação Conquistas da Revolução e a União dos Bancários Reformados comemoram a efeméride no próximo dia 14 de Março, na Casa do Alentejo, de acordo com o programa seguinte:


Manifestação em Lisboa - 7 de Março - 15 horas


A deterioração da situação económica e social verificada ao longo dos anos e que foi agravada com o Governo PSD/CDS, acentuou a exploração,as desigualdades e o empobrecimento do povo e do país. Com a política de direita foram destruídos centenas de milhar de postos de trabalho, a generalidade das famílias foi afectada pelo desemprego e a precariedade e uma parte da população caiu na pobreza e na exclusão social. Portugal está mais pobre e endividado.

Está nas nossas mãos pôr termo a esta política e a este Governo. Organização, unidade e luta - a força dos trabalhadores e do povo! A resistência dos trabalhadores e da população à política de direita foi determinante para condicionar medidas defendidas pelo Governo, obter resultados e demonstrar que não há inevitabilidades. Temos alternativas. O nosso país precisa de uma política de esquerda e soberana que valorize o trabalho, dignifique os trabalhadores, garanta segurança e estabilidade do emprego, respeito os direitos e melhores as condições de vida, promova uma justa distribuição da riqueza.
Dia 7 de Março vamos à luta! Vamos sair à rua para exigir uma mudança de política!

Liberdade de Expressão - a manipulação da Comunicação Social







A Associação Conquistas da Revolução realizou na passada semana uma sessão sobre a Liberdade de Expressão - a manipulação da Comunicação Social, que contou com a participação dos jornalistas Fernando Correia e Pedro Tadeu. Estiveram presentes cerca de cem associados e amigos da ACR, que contribuíram com várias intervenções de extremo interesse no período de debate, o que demonstrou a actualidade do tema escolhida pela ACR para esta sessão.