ACR BOAS FESTAS E NOVO ANO FELIZ

A DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO SAÚDA OS SEUS ASSOCIADOS E AMIGOS, DESEJANDO UM BOM NATAL E UM ANO DE 2014 COM MUITO ÂNIMO PARA CONTINUARMOS A LUTA NA DEFESA DAS CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO.


Agradecemos e retribuímos a todos:  associados, organizações e individualidades que nos endereçaram iguais votos de BOAS FESTAS e desejos de um Melhor Ano Novo.Um ano que será o de comemorarmos com dignidade o 40º aniversário do 25 de Abril, novamente em luta, porque que nos anima prosseguir na defesa das nossas conquistas de Abril.

Abril vencerá.Porque Abril é o futuro.

ESTALEIROS NAVAIS DE VIANA DO CASTELO


O anúncio oficial dos últimos passos do plano para acabar com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo suscitou fortes protestos na opinião pública e resposta firme dos trabalhadores.

 Contestação ao fecho: crime e resistência.

·         A Associação Conquistas da Revolução, em reunião da sua direcção, de 12 de Dezembro, deliberou associar-se à luta contra a mais uma decisão governamental nociva dos interesses públicos relativamente ao encerramento dos ENVC e ao que o mesmo representa de descarado favorecimento do sector privado. Uma vez mais se confirma o pulsar dos desígnios deste governo a coberto duma política de alienação, a qualquer preço, dos pilares industriais mais significativos da nossa indústria e da nossa economia com total desprezo pelas consequências dos despedimentos de trabalhadores e enfraquecimento do bem-estar das famílias duma localidade e região.

·         Estranha-se que em 27 de Novembro passado, o Grupo Martifer tenha comunicado que iria assumir em Janeiro a subconcessão dos terrenos, equipamentos e infraestruturas dos ENVC, a troco de uma renda anual de 415 mil euros, até 2031, quando é conhecido  que a sua dívida é ainda maior do que os 300 milhões imputados ao passivo dos ENVC. Logo a promessa de prosseguir a actividade de construção e reparação naval e de criar 400 postos de trabalho em três anos só pode constituir um logro e mais uma falácia a que este governo nos vem habituando.


·         O facto é que a comunicação social foi célere em noticiar que o acordo da Martifer com o Governo previa que os mais de 600 trabalhadores dos Estaleiros seriam despedidos e que tal despedimento foi confirmado pelo ministro da Defesa aos representantes dos trabalhadores que se deslocaram a Lisboa.

·         A nível da U.E. o comissário da Concorrência, Joaquín Almunia, respondeu que o procedimento de investigação aberto a 23 de Janeiro continua em avaliação, pelo que não pode ainda tomar uma posição sobre se as verbas públicas atribuídas aos ENVC entre 2006 e 2011 (181 milhões de euros) se enquadram, ou não, nas normas do mercado interno.

·         A comissão europeia voltou a ser questionada no PE, por um lado, para saber se houve desenvolvimentos desde a resposta conhecida, por outro para averiguar se a Comissão Europeia “está disponível para apoiar um plano de viabilização dos ENVC, que permita a manutenção de todos os postos de trabalho e a concretização da actual carteira de encomendas, no quadro da manutenção do carácter público da empresa”.


·         O Governo, pela boca do ministro Aguiar-Branco, anunciou que mais de 30 milhões de euros serão destinados a pagar «acordos» para o despedimento dos trabalhadores. Fez até saber que será garantido o subsídio de desemprego. Mas, desde 2012 e até há poucos meses, alegou falta de dinheiro para recusar um financiamento de 13 milhões de euros, necessários para adquirir matéria-prima e dar andamento ao contrato de construção de dois navios asfalteiros para a venezuelana PDVSA.

·         Há muito se tem vindo a denunciar as intenções que apontam a destruição dos ENVC como opção política e ideológica dos últimos governos. Alguns deputados exigiram chamar o ministro e a administração à comissão de Defesa e apelar à necessária luta, para defender os ENVC como empresa pública, bem como os postos de trabalho, os direitos dos trabalhadores e a capacidade produtiva do País.

·         Todos os dias têm sido de luta pela defesa daquela importante unidade industrial e igualmente todos os dias tem sido derrubada a argumentação esgrimida pelo Governo e são exigidas responsabilidades por quem esteve à frente dos estaleiros e do poder político nas décadas mais recentes da sua história de 69 anos.

·         Por isso em plenário de trabalhadores estes reafirmaram a determinação de resistir à liquidação e foi marcada uma grande acção de luta, envolvendo trabalhadores, familiares e a população, em geral,  para  o dia 13 de Dezembro. Devendo,desde já, ser rejeitado qualquer «acordo» de rescisão do contrato de trabalho. A indemnização de que o Governo fala representa o mínimo legal a pagar em caso de despedimento colectivo, mas para este é exigido um período até 75 dias de antecedência.

·         Decorre a recolha de assinaturas para uma petição, a fim de colocar os ENVC em discussão no plenário da Assembleia da República.
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Pelo que acabamos de expor além da solidariedade da Direcção da ACR apelamos a todos os nossos associados a participação e solidariedade com esta justa luta dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana de Castelo que é também uma luta de todos nós.

Associação das Conquistas da Revolução
12 de Dezembro de 2013



NELSON MANDELA

Faleceu Nelson Mandela.Continua entre nós!

Perante o falecimento de Nelson Mandela, a Associação Conquistas da Revolução solidariza-se na dor e no profundo pesar, com a família e com o povo da África do Sul  pela perda do   líder histórico da luta contra o inqualificável e criminoso regime do apartheid e a favor da liberdade, da democracia, da justiça e do progresso social.

Nelson Mandela desde muito jovem dedicou a sua vida à luta contra o brutal regime opressor do apartheid Sul Africano. Em 1942 começa a frequentar reuniões do Congresso Nacional Africano (ANC) .É um dos fundadores da Liga da Juventude do ANC em 1944. Em 1962, quando actuava na clandestinidade como membro do movimento Umkhonto we Sizwe, na sequência do massacre de Sharpeville e da ilegalização do ANC, Nelson Mandela é preso, acabando por ser condenado a prisão perpétua. Em 1985 recusa a proposta, do então presidente sul-africano, de em troca da renúncia à luta armada poder sair da prisão. Em 1990, após 28 anos de prisão, e ao fim de uma longa luta pela sua libertação por parte do povo da África do Sul e de movimentos de solidariedade e organizações progressistas de todo o mundo, Nelson Mandela é, finalmente, libertado e contribuí para o fim do iníquo regime de apartheid no ano seguinte. Em 1994, Mandela é eleito Presidente da África do Sul, nas primeiras eleições livres realizadas nesse país. Assinale-se que apenas em 2008 Mandela é retirado da lista das personalidades consideradas terroristas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. E que a própria direita portuguesa, chefiada por Cavaco Silva, teve o arrojo de votar ao lado dos que haviam mantido essa vergonhosa situação.
A ACR  lembra, como também em Portugal, foi activa a solidariedade para com o povo da África do Sul e a luta anti-apartheid, através das forças e organizações políticas progressistas e muito particularmente do "Movimento Português Contra o Apartheid" de que o Conselho Português Paz e Cooperação é, e foi  dinamizador, e que, se empenhou na organização da iniciativa de boas-vindas a Nelson Mandela aquando da sua visita, há exactamente dez anos  ao nosso País, em Outubro de 1993.
Destacaremos para sempre o exemplo de coragem, coerência, determinação e luta de Nelson Mandela continuará vivo em todos aqueles que desejam e agem em prol de um Mundo mais justo, livre e de progresso e paz.
Até sempre Madiba. Os heróis nunca morrem.
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* Madiba -- título carinhoso atribuído a Nelson Mandela que deriva do seu nome no clã Xhosa.