Quando um País quer “impor” aos outros ...o que o seu Governo não permite em “casa”
Marques Pinto
Vogal da direcção
Claro que todas estas cenas de violência que estão a encher os nossos écrans de TV nos noticiários, estão a fugir ao controlo e vontade de uma embaixada que apenas gosta de passar a imagem do seu Presidente a falar - ou será ditar - ao grupo de jornalistas cada vez mais reduzido que vai assistindo ás suas “conversas em família” e que quase sempre se enerva com algumas perguntas que não estão previstas na respostas “feitas” pelos seus assessores.
Mas enfim deixemos os complicados problemas raciais que sempre existiram e demorarão muito tempo a ser resolvidos naquela sociedade que desde que os seus primeiros colonos chegaram às suas costas Atlânticas resolveu por força da maioria branca profundamente religiosa que os habitantes locais e aí residentes há alguns milhares de anos só serviriam se fossem dóceis e submissos para fornecer trabalho – não remunerado, evidentemente.
Como tal não era facilmente exequível e do outro lado do oceano havia uma mão de obra mais submissa por estar ali completamente deslocada em terreno e clima, a solução foi um genocídio pelas armas ou pelo confinamento em zonas áridas e improdutivas de quase 90% da população indígena.
Desconheço se também lhes foi proposto um tipo de regime “democrático” que não quiseram aceitar sem ser por imposição violenta e forçada
A propósito da referida “democracia estado-unidense” e por que passaram neste mês de Maio 15 anos sobre o acontecimento venho recordar os nomes de Cinco Cubanos que por amor ao seu País se sacrificaram em permanecer oito anos na Florida para descobrir e denunciar a rede “Fondation” que financiada pela CIA e alguns autoexilados Cubanos, promoveu actos do mais repugnante terrorismo, como a bomba no avião DC-8 da Aviacion Cubana – que provocou 73 mortos em outubro de 1976, e que entre Abril e Setembro de 1997 colocou bombas em mais de 13 hotéis em Cuba.
Recorde-se que desde 1959 os actos de terrorismo violento em Cuba fizeram mais de 3500 mortos e na sua quase totalidade estiveram por trás desses actos assassinos preparados e/ou financiados pelos serviços especiais dos USA.
Estes cinco Cubanos que estudaram e recolheram a informação comprovativa da actividade terrorista permitindo ao Governo Cubano apresentar provas e exigir ao Governo Americano uma tomada de posição sobre tais factos.....foram presos em 1998 após o Democrata Bill Clinton ter considerado que eles haviam estado nos Estados Unidos num processo de conspiração contra a segurança dos USA e condenados entre 15 anos e prisão perpétua.
Em 2007 Dez Prémios Nobéis entre os quais José Saramago e Ramos Horta apresentaram um pedido de apreciação do caso...mas nem assim na altura foi concedido qualquer reabertura do caso
Os nomes dos cinco Heróis Cubanos são Gerardo, Tony, Fernando, Ramon e René