Do nosso sócio Manuel Rodrigues recebemos o pequeno texto que tem anexado um poema de Carlos Loures.
Desde já agradecemos a sua colaboração e exortamos os associados a enviarem escritos que se enquadrem no espírito dos nossos estatutos
NOS 75 ANOS DE HIROXIMA
Ainda a humanidade estava a sair do pesadelo da II Grande Guerra, já o espectro de outro se lhe apresentava: o terror atómico com que o capital imperialista ameaçava os povos. Nas condições em que estava o Japão, naquele Agosto de 1945, outra intenção não podia ter tido a utilização de armamento nuclear para destruir duas cidades, com as terríveis consequências pretendidas e conseguidas.A situação em que hoje nos encontramos, justifica que o acontecimento seja devidamente lembrado.
É que os herdeiros e continuadores dos que ordenaram a destruição de Hiroxima e de Nagasaqui, apresentam-se, também hoje, determinados a deitar mão a todo o tipo dos meios de que dispõem , para, em seu benefício, continuarem a submeter a esmagadora maioria dos seres humanos a vidas de servidão. De tal maneira que, por vezes e à primeira vista, parecem intransponíveis os obstáculos à obtenção da soberania pelos povos e da dignidade pelos homens.
E, no entanto, por mais que a grande burguesia financeira destrua, assassine, corrompa e minta, há e haverá cada vez mais, trabalhadores e povos que não se agacham, e que se batem (com custos é certo) pelo fim desta noite negra com que nos querem cercar, e pela edificação de um mundo decente e humano.
É que os homens são portadores de dois instrumentos decisivos:
Um, cuja raiz, como bem cantou Carlos de Oliveira, “Não há machado que corte” - O PENSAMENTO;
Outro, uma gazua capaz de romper todos os muros e cercos
- A ESPERANÇA.
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Nos vinte anos de Hiroxima, Carlos Loures e Manuel Simões recolheram poemas de autores portugueses sobre o acontecimento e, numa antologia que o fascismo perseguiu, deram-nos à estampa na sua editora “Nova Realidade”.
É desse livro o poema que a seguir se transcreve.
Para o ler clique AQUI