O 25 DE ABRIL E O 25 DE NOVEMBRO ⎯ Manuel Begonha | sócio da ACR

 

O 25 DE ABRIL E O 25 DE NOVEMBRO
Manuel Begonha | sócio da ACR

 
 
No momento em que se discute a comemoração do golpe militar do dia 25 de Novembro de 1975, apresento algumas notas apenas para esclarecimento. 
Não vou entrar em pormenores que possam reabrir feridas entre militares, que nesta fase devem estar unidos, para combater o inimigo comum.
Cada vez mais este vem mostrando a sua face de produto do ovo da serpente.

O dia 25 de Abril de 1974, foi um golpe militar preparado, montado e executado apenas por militares e com o suporte discreto de forças anti- fascistas civis, destinado a derrubar a ditadura que nos oprimia há 48 anos.
Teve os seus heróis que tudo arriscaram pelo sucesso da operação, tendo - se tornado paradigmático Salgueiro Maia.

No golpe de 25 de Novembro não houve heróis.
Apenas vítimas entre os que foram revolucionários.
Foram presos, humilhados e com a respectiva carreira destruída, a mando de alguns dos mais importantes camaradas igualmente protagonistas do 25 de Abril. 
Os proclamados heróis não passaram de executantes das instruções do embaixador norte-americano e notável elemento da CIA, Frank Carlucci, transmitidas em frequentes reuniões ocorridas na correspondente embaixada. 

O objetivo, de acordo com a doutrina de Kissinger era acabar com quaisquer resquícios do sistema comunista em Portugal, há semelhança do que executou no derrube de Salvador Allende no Chile. 
Em paralelo, foi criada a terceira via , aliciando o PS de Mário Soares que seria anti - comunista e social- democrata, como já fora ensaiado em França e Itália. 

Alguém ganhou com o golpe de 25 de Novembro? 
Apenas os fascistas que tinham práticas terroristas, através do ELP, MDLP , Grupo Maria da Fonte e outros que entretanto preparavam um golpe paralelo, esse sim sangrento, com o qual pretendiam efectuar uma purga dos comunistas, dos chamados gonçalvistas e outros revolucionários. 
Foi no entanto aberto o flanco que lhes tornou possível a ascensão cujas consequências são hoje bem visíveis. 


 

Plano de Actividades e Orçamento para 2026

 


 

 Pode consultar o Plano de actividades e contas para 2026 clicando

AQUI

 

 

 

CONVOCATÓRIA para a Assembleia Geral de 20 de Novembro de 2025 pelas 18h00 na Casa do Alentejo, LISBOA

 


 

 

ASSOCIAÇÃO CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO

 

CONVOCATÓRIA

 

 

Nos termos do nº 2 do Artigo 19º dos Estatutos da Associação Conquistas da Revolução, convoco a Assembleia Geral desta Associação para se reunir em Sessão Ordinária, no próximo dia 20 de Novembro de 2025 pelas 18h00 na Casa do Alentejo, LISBOA, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

 

                 1.Leitura, discussão e votação da acta da sessão anterior;

 

                 2.Informações;

 

                3.Apresentação, discussão e votação do “Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2026;

 

                4.Diversos.

 

Se à hora marcada para o início dos trabalhos não estiver presente ou representada, pelo menos, metade dos seus associados efectivos, a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de associados presentes. (Artigo 20º dos Estatutos).

 

Os documentos “Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2026”, encontram-se, para consulta, na sede da ACR e divulgados em:

 

www.conquistasdarevolucao.pt

www.conquistasdarevolucao.blogspot.com

 

Lisboa, 5 de Novembro de 2025

 

 

                                        O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

 

 

         (Henrique Mendonça)

 

NÚCLEO DO PORTO | Apresentação do livro de Castro Carneiro | Vive Presidente da Assembleia Geral

 

Em 3 de outubro de 2025, com "casa cheia", mais de uma centena de presenças, decorreu nas instalações do Museu Militar do Porto a apresentação da Obra do Coronel Castro Carneiro, "ENCONTRO COM A minha HISTÓRIA", editado pela ACR. 

 

 Para leitura da notícia por favor clique 

AQUI 

A DITADURA DO PRECONCEITO | Manuel Begonha, sócio da ACR

 

 A DITADURA DO PRECONCEITO
Manuel Begonha, sócio da ACR

 
 
A eleição para Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, está para muito breve.
O que quererão os lisboetas para a sua cidade.?
Seguramente que seja mais humanamente harmoniosa, servida por bons transportes, com habitações acessíveis aos mais carenciados, amiga do ambiente e limpa.
João Ferreira, o candidato da CDU, tem demonstrado ser o mais bem preparado, com um percurso político e camarário largamente conhecido, com uma coerência política inabalável e visão de futuro para a cidade.
Seguidamente temos a eleição para Presidente da República.
De acordo com a Constituição, o Presidente da República garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.
No ato de posse, o Presidente da República, prestará a seguinte declaração de compromisso :
Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República.
Estarão todos os candidatos em condições de cumprir este juramento?
Julgo que António Filipe, devido à sua experiência parlamentar, trajectória institucional, honestidade intelectual e política, será o melhor preparado para o fazer.
Mas o preconceito, leva muitos portugueses a correr riscos desnecessários.
Não votarão neles porque são comunistas.
E tal como estes há muitos outros por este país fora vítimas do mesmo preconceito
Na época preocupante em que vivemos, não será altura de pôr fim à ditadura do preconceito e votar em quem tem mais mérito?

 

OS ESTADOS UNIDOS DA GUERRA | Manuel Begonha | Sócio da ACR

 

OS ESTADOS UNIDOS DA GUERRA
Manuel Begonha | Sócio da ACR

 

Após o fim da segunda guerra mundial e com o início da Guerra Fria, os EUA, estratégicamente isolados pelo mar, começaram a construir um império, do qual qualquer tentativa de exclusão, poderia provocar uma retaliação, ou de forma directa através de uma invasão militar, ou indirecta através da montagem de golpes de estado pela CIA.
A respectiva doutrina militar, orienta-se pela projecção de força, recorrendo a efectivos e meios de destruição, colocados em bases militares por todo o mundo, num total superior a 700, especialmente nos países vizinhos da Rússia e China, ou a porta aviões, e outros meios aero - navais, incluíndo submarinos.
Embora o verdadeiro poder não resida no Presidente, este é que ficará para a história, como o responsável pelas acções tomadas.
Assim, iremos analisar cronologicamente algumas das medidas punitivas tomadas pelos vários Presidentes, para justificar o epíteto de ESTADOS UNIDOS DA GUERRA.

D - HARRY TRUMAN ( Abril 1945/ Jan 1953)

Em 27 de Junho de 1950 autorizou a intervenção militar dos EUA na Guerra da Coreia.
Foi o impulsionador da criação da NATO.

R - DWIGHT EISENHOWER ( Jan 1953 / Jan 1961)

Iniciou o envolvimento dos EUA na Guerra do Vietname, criando a Organização do Tratado do Sueste Asiático.
Autorizou que em 19 de Agosto de 1953, no Projecto TPAJAM, a CIA, provocasse um Golpe de Estado no Irão que derrubou o 1 Ministro Mohammed Mossadegh, socialista e laico, substituído pelo Xá Reza Palavi..
Em Julho de 1958, interveio no Líbano com a Operação " Blue Bet".
Foi a primeira concretização da Doutrina Eisenhower, segundo a qual os EUA deveriam intervir para proteger os regimes considerados ameaçados pelo comunismo international.
Autoriza o assassinato do primeiro Ministro do Congo, Patrice Lumumba, num golpe orquestrado pela CIA, levando ao poder Mobutu Seko.

D - JOHN KENNEDY ( Jan 1961/Nov 1963)

Em 1961, autorizou a tentativa de derrubar Fidel Castro em Cuba, na invasão da Baía dos Porcos.
Em 1962, ameaçou a URSS com uma guerra nuclear, se esta não retirasse os misseis que instalara em Cuba.

D - LYNDON JOHNSON ( Nov 1963/ Jan 1969)

Entre 1965 e 1966, autorizou a CIA a desenvolver conspirações na Indonesia, levando à destituição do Presidente Sukarno e à destruição do PKI, numa limpeza política que massacrou cerca de um milhão de comunistas.
Enviou as primeiras forças militares para a Guerra do Vietname, aumentando o contingente militar de 16000 em 1963 para 550000 em 1968.

R- RICHARD NIXON ( Jan 1969 /Ago 1974)

Aprovou em Março de 1969 a "Operação Menu" para bombardear os kmer vermelhos, aliados dos Vietnamitas.
Em 1973, iniciou a estratégia para derrubar Salvador Allende no Chile, através do "Projecto FUBELT".

R - GERALD FORD ( Ago 1974 / Jan 1977)

A pedido de Pinochet implementou em Novembro de 1975 a " Operação Condor", uma campanha de repressão política e terrorismo de estado, nas ditaduras da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Uruguai, Paraguai e Peru ( esporádico), provocando milhares de assassínios.

Em documentos já desclassificados pelos EUA, encontram-se os relatórios enviados pelo embaixador Frank Carlucci em Portugal, a Henry Kissinger e as actas de reuniões com Ford e outros estadistas, nos quais se constata a forma como foi planeado e decidido o Golpe Militar de 25 de Novembro de 1975.

D - JIMMY CARTER ( Jan 1977 /Jun 1981)

Em 1980, desencadeou um programa clandestino destinado a armar os mujahidin afegão, durante a invasão soviética do Afeganistão que reforçado no mandato de Reagan, atingiu o valor de 3000 milhões de dólares.

R - RONALD REAGAN ( Jan 1981/ Jan 1989)

Adoptou uma política notavelmente anticomunista, apelidando a URSS de Império do Mal.
Em 1983, ordenou a invasão de Granada na " Operação Fúria Urgente" que constituiu a maior operação militar norte-americana após a Guerra do Vietname.
Desde 1979, combateu os Sandinistas na Nicarágua.

R - GEORGE H. BUSH ( Jan 1989 / Jan 1993)

Em 1990, liderou uma coligação internacional que invadiu o Iraque na chamada Guerra do Golfo.
Ordenou uma invasão militar ao Panamá, conhecida pela " Operação Justa Causa", para remover Noriega do poder.
Enviou forças armadas para a Somália.
Em 1991 , assinou um acordo com Gorbachev que estabelecia a obrigação da NATO não se expandir mais para Leste.

D - BILL CLINTON ( Jan 1993/ Jan 2001)

Em 1993, enviou as Forças Especiais Delta Force para a Somália, massacrando milhares de Somalis.
Em 1995, ordenou o bombardeamento dos sérvios na Bósnia e Herzegovina. Posteriormente invadiu a Bósnia.
Ordenou uma série de ataques ao Afeganistão e Sudão, com efeitos devastadores.
Em 1999, na chamada " Operação Forças Aliadas", autorizou o bombardeamento da Jugoslávia.
Em 1998, na chamada " Operação Raposa do Deserto" ordenou o bombardeamento contra Saddam Hussein, Iraque.

Em 1994, decidiu unilateralmente anular o acordo da NATO com Gorbachev e em 1999 esta integrou a Hungria, Polónia e República Checa.

R - GEORGE BUSH ( Jan 2001/ Jan 2009)

Em 2001, autorizou a invasão do Afeganistão.
Em 2003, decretou a invasão do Iraque para derrubar Saddam Hussein, com a justificação que este possuiria armas de destruição maciça, biológicas e químicas.
Em 2003, permitiu intervenções militares no Haiti e na Libéria.
No início de 2008, prometeu apoio total à entrada da Ucrânia para a NATO.

D - BARACK OBAMA ( Jan 2009/ Jan 2017)

Autorizou uma operação militar no Paquistão para assassinar Bin Laden. 
Em Março de 2011, atacou a Líbia com misseis Tomawk. 
Ainda em 2011, reforçou com 17000 homens a presença militar dos EUA no Afeganistão. 
Autorizou ataques aéreos e navais á Siria.
Em 2014, a CIA conspirou para derrubar o Presidente ucraniano Victor Yahukovic. 

R - DONALD TRUMP ( Jan 2017 / Jan 2021)

Em Dezembro de 2017, reconheceu Jerusalém como capital de Israel. 
Em 2017 e 2018, ordenou acções militares contra a Síria. 
Em 3 de Janeiro de 2020, autorizou um ataque aéreo ao Iraque. 

D - JOE BIDEN ( Jan 2021/ Jan 2025) 

Apoiou militarmente Israel. 
A partir de Fevereiro de 2022, autorizou elevadas quantias para o reforço do armamento, pessoal e treino da Ucrânia. 

NOTAS :

1. Os casos apresentados, estão longe de ser exaustivos. 
Só na Europa ocorreram intervenções na Itália, França e Grécia. 
Obviamente não estão contabilizados os milhões de mortos envolvidos. 

2. Apenas no período de 1946 a 2000, os EUA executaram pelo menos 81 intervenções, 56 das quais na América Latina e Caraíbas. 

3.
R-  Republicano 
D - Democrata 



 

A PARTE OCULTA DAS GUERRAS | Manuel Begonha | sócio da ACR

 

A PARTE OCULTA DAS GUERRAS

Manuel Begonha | sócio da ACR

No passado próximo tem sido prática corrente os EUA não honrarem os compromissos assumidos. Fomentaram uma guerra com a Rússia, através da Ucrânia que Trump garantia terminar de um dia para o outro. 
Agora abandona a Ucrânia à sua sorte, sem querer saber das suas responsabilidades criminosas. 
Mas como estão do outro lado do Atlântico, a patética UE é que paga a conta. 

No recente dia 6 de Agosto, comemoraram-se 80 anos do lançamento de bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki.
A propósito deste assunto, tem ocorrido uma intensa controvérsia entre vários estudiosos.
Das várias teses em discussão, vou apresentar a que julgo ser menos conhecida.
Os EUA pretendiam que Stalin declarasse  guerra
ao Japão, antes da capitulação da Alemanha, com o fim de dividir e enfraquecer o exército soviético.
Embora o Japão já estivesse militarmente derrotado, exigia que para a sua rendição incondicional, a garantia que o Imperador Hirohito, não fosse julgado por crimes de guerra.
Perante o impasse criado, os EUA impuseram a rendição imediata do Japão, antes que Stalin lhe declarasse guerra. Temiam que a URSS, tal como sucedera na Alemanha , com a fragmentação do seu território, reivindicasse alguma partilha decorrente da derrota do Japão.
Assim sendo e também para intimidar a URSS, o Presidente H. Truman, ordenou o lançamento da primeira bomba atómica sobre Hiroxima a 6 de Agosto de 1945.
Stalin retalia declarando guerra ao Japão, o que teria provocado o lançamento da segunda bomba sobre Nagasaki a 9 de Agosto do mesmo ano. 

Esta prática destruidora já tinha sido executada pelos EUA sobre Dresden, uma cidade alemã até então não bombardeada que foi completamente arrasada, também para ameaçar a URSS e tentar demovê - la de ganhos territoriais, numa Alemanha agonizante. 
Com estes acontecimentos, começou a guerra fria e o império, dos a partir de agora, Estados Unidos da Guerra. 

Em 1974 estive em Dresden, ainda RDA que estava perfeitamente recuperada e conservada. 
Foi - me relatado por sobreviventes, o horror que foi aquele bombardeamento. 

Em 15 de Agosto de 1945, o Japão aceitou a Declaração de Potsdam e anunciou a sua rendição incondicional. 
Reza a história que o Imperador Hirohito nunca chegou a ser julgado, perante o Tribunal de Crimes de Guerra de Tóquio, reunido a 3 de Maio de 1946 e encerrado a 12 de Novembro de 1948, por pressão do General Mac Arthur, a bem das futuras relações comerciais e estratégicas entre os EUA e o Japão

Exposição | No Centenário de Vasco Gonçalves | 1 e 29 de agosto de 2025 - Galeria de Exposições da Biblioteca de Azeitão

Exposição | No Centenário de Vasco Gonçalves

Entre os dias 1 e 29 de agosto de 2025, estará patente na Galeria de Exposições da Biblioteca de Azeitão, a mostra “No Centenário de Vasco Gonçalves”, promovida pela Câmara Municipal de Setúbal com a colaboração da Associação Conquistas da Revolução e da 4.ª Edição de Qualidade.
 
A inauguração da exposição realiza-se no dia 1 de agosto, às 16h00, e assinala simbolicamente os 100 anos do nascimento de Vasco Gonçalves, figura central do Processo Revolucionário em Curso (PREC) e um dos rostos mais marcantes da luta por uma sociedade mais justa, livre e solidária.
 
🕰 A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
 
📍 Local: Biblioteca Pública Municipal de Setúbal – Azeitão
 
Uma oportunidade para revisitar a história recente de Portugal e prestar homenagem a quem tanto deu ao país e às conquistas da Revolução de Abril.







 

A IMPORTÂNCIA DE SER BRANCO | Manuel Begonha - sócio da ACR

 A IMPORTÂNCIA DE SER BRANCO 

Manuel Begonha | sócio da ACR 

 

 

A política anti-imigração do Chega é uma fonte de ódio e ressentimento contra o estranho, especialmente quando não é branco. 
Também os mais carenciados passam a ver nele, o culpado dos seus males. 
Assim, se vai perdendo uma notável característica do nosso povo que era a tolerância, substituida por um racismo exacerbado. 

Uma referência ao genocídio vigente em Gaza. 
Se os palestinianos fossem ucranianos e os Israelitas russos, as piedosas e atormentadas almas de Trump e da UE, rasgariam as vestes e esgotariam toda a panóplia de sanções e condenações á Russia que pudessem imaginar. 

Face à actual conjuntura, decorrente da imigração, junto um texto que publiquei há anos, ao qual mudei o título 

A IMPORTÂNCIA DE SER BRANCO 

O culto da superioridade do homem branco tem vindo a ser inculcado ao longo do tempo, na maioria das manifestações artísticas , mas para desenvolver este tema vou recorrer por vezes ao cinema. 
Desde jovens que fomos habituados a ver nos filmes de "cowboys", o bom homem branco, a matar indiscriminadamente os maus nativos, designados por índios, selvagens ou peles vermelhas, que afinal apenas defendiam as suas terras do invasor. 
Contudo, mais recentemente surgiram alguns poucos realizadores que tentaram reabilitar a imagem do índio como Arthur Penn no filme "O pequeno grande homem". 
Numa cena inesquecível de outro grande filme, aliás, que é "Apocalypse Now", sob o som da Cavalgada das Valquirias de Richard Wagner, os heróicos combatentes norte-americanos, como invasores, voam galvanizados nos seus helicópteros para exterminar os enfezados e amarelados vietnamitas. 
Numa propaganda clássica ao colonialismo, o valente e luminoso Mouzinho de Albuquerque que, obviamente equipado com armas de fogo, subjuga, como se pode ver no filme "Chaimite", a força e o primitivismo do régulo rebelde Gungunhana, o leão de Gaza, a quem para humilhar mandou sentar no chão. 
Mas a Europa, Pátria da civilização branca, também tem países uns mais brancos do que outros. 
Depende da natureza da potência militar que os invade. 
É há ainda os refugiados e os imigrantes. 
Os sérvios massacrados quando da destruição de Belgrado, bem como outras nações da ex-Jugoslávia, ainda que europeus, tornaram-se baços que é a cor que os brancos adquirem quando são atacados pelos EUA /NATO. 
Os sírios e os libios, são de um branco tisnado e podem ser bombardeados e abandonados no Mediterrâneo como imigrantes, porque têm petróleo e outras matérias primas no seu território que não lhes compete explorar. 
O Iraque de tez mais escura, foi arrasado, uma vez que possuía, para além de petróleo, fantasmagóricas armas de destruição maciça. 
E uma vez desalojados os respectivos habitantes passam a inconvenientes imigrantes africanos. 
Na América Central existem imigrantes mestiços, índios e pobres que na procura de uma vida melhor nos ricos EUA, acabam por vezes com os cadáveres amontoados em camiões, como recentemente sucedeu no Texas. 
No meio deste panorama, para garantir a superioridade e hegemonia do paradigma liberal euro - norte-americano, a NATO torna - se cada vez mais forte, beligerante e expansiva, não apenas na Europa, mas também na América Latina, como indicia a sua presença na Colômbia. 
Entretanto decretou uma nova guerra fria e alterou o correspondente conceito estratégico, elegendo como inimigo principal a Rússia, seguida pela China. 
Declarou encontrar - se disponível para pôr na ordem qualquer "Filho de um Deus menor" que ouse contrariar a unipolaridade, decidida por este juiz e árbitro dos destinos do nosso mundo.

Armamento, Soldados, …preparar para a Guerra…. | Marques Pinto - sócio da ACR

 

Armamento, Soldados, …preparar para a Guerra….

Marques Pinto - sócio da ACR

 

Nos últimos meses em qualquer semanário, jornal diário, pasquim provinciano, revista e principalmente nos meios televisivos - que como sabem atingem os que não querem ler ou não gastam dinheiro em noticias de papel - há uma ou mais manchetes diárias sobre a guerra que virá a curto  ou médio prazo  -depende da seriedade do anunciante ou das ordens recebidas na estação ou redacção, atingir toda a população europeia seja da UE ou dos que já não estão ou dos que ainda não entraram….mas todos serão protegidos pelo Grande Manto de Protecção da NATO ou da OTAN se quisermos falar apenas em Português.

Sou militar reformado mas vivi a Guerra Colonial durante mais de 5 anos e quase sempre em “zonas operacionais” como na altura se designava as áreas onde decorriam acções de confronto militares ou zonas em que se movimentavam forças militares com fins operacionais.

Peço desculpa do “arrazoado” acima mas o principal assunto que me levou a escrevinhar este apontamento é falar ou alertar que por mais modernos meios que se utilizem o elemento humano é e será ainda por alguns anos, até ao aperfeiçoamento dos “robots”, a peça fundamental em qualquer conflito, fiquem a centenas de metros da frente de combate ou a centenas de quilómetros dessa mesma frente.

Se nos anos 60 e 70 mandámos para o combate moços com poucos meses de instrução e preparação porque os guerrilheiros que iam enfrentar eram na sua maioria moços e homens com armamento pouco sofisticado quero recordar que a partir de 1973 com a aparição de meia dúzia de pequenos mísseis transportados e disparados ao ombro por um único guerrilheiro, foi o suficiente para  paralisar quase a totalidade duma Força Aérea no território da Guiné inibindo durante alguns meses o apoio a evacuações de feridos.

Claro que se pensarmos um pouco, vemos que a formação de militares aptos para operar todo o tipo de meios militares mais modernos desde blindados, peças de artilharia apoiadas em sofisticados radares de detecção e seguimento dos projecteis, lançamento de mísseis mesmo de médio alcance exigirá homens de formação média ou superior, que duvido que sintam atracção para se alistarem ou por procurarem uma profissão mal paga e de risco.

Claro que todos sabemos que em tempo de paz garantida aparecem voluntários….mas em risco de guerra ? E se pensarmos que a exigência será em formados e de nível acima do décimo ano ??.

Mas claro que tudo o que acima escrevi será com certeza rebatido veementemente pela maioria dos políticos …

Apenas quero recordar que sempre que se fala em armas -fabricadas no estrangeiro, claro - sempre se começa a pensar no mínimo em muitas centenas de milhões de Euros e logo haverá quem diga que a Pátria sempre está primeiro e comprar armamento e pagá-lo é um dever patriótico.

Recordo aqui os célebres CINCO navios patrulhas comprados a preço de saldo num país nórdico…há muito poucos anos, que segundo me disseram
parece que já só dois se “arrastam” e não há dinheiro nem meios para recuperar os outros. Enfim cumpriram, estou certo a sua principal missão, foram pagos e com certeza os vendedores e intermediários não se arrependeram da operação.

Todos compreendemos por isso a celeridade com que os governos aceitam a GRANDE necessidade de nos armarmos já e em força, antes que os governantes mudem.

Mas voltando ao inicio…alguém se preocupa onde e como se vão formar os operadores de tais meios? Não é o recrutamento feito á moda de 1960 que poderá alguma vez permitir ter operadores de meios sofisticados e de alto preço, que mal manuseados custam milhões em reparação ou…substituição.

Claro que a preocupação de recrutamento é muito pouco popular e de certeza de rentabilidade quase nula a não ser as obras necessárias em muitos dos actuais quartéis semi-abandonados.

 

ACR | Centro Comunitário da Quinta do Conde | 20250709

 

 

Como anunciado, no passado dia 9 de julho lá estivemos à conversa focados no Artigo 7º da Constituição da República. Na primeira parte da iniciativa a prioridade foi dada às crianças que frequentam o ATL, ocuparam a primeira fila da plateia, algumas traziam o texto constitucional e questionaram-nos sobre o conteúdo do mesmo.