"Me engana que eu gosto"

 

“Me engana que eu gosto”

 

Marques Pinto
Vogal da direcção

 

 

Há alguns dias em conversa num grupo de amigos ouvi uma conhecida frase normalmente atribuída e usada na nossa língua irmã, o “Português do Brasil”.

A frase “me engana que eu gosto” poderá ser usada em múltiplas e diversas ocasiões e circunstancias, contudo no caso presente e a que me refiro aplica-se á sistemática deturpação da verdade, encobrimento e até por vezes a negação de factos e acontecimentos que foram relatados na imprensa e até noticiários televisivos de outros países europeus pertencentes á mesma manada europeia liderada pela capataz designada e escolhida ---  não foi sequer eleita – pelo patrão residente no outro lado do Atlântico.

 

Refiro-me ao quase total alheamento dos nossos “media” em relação á crise e contestação frequente e com grande adesão de elevada percentagem da população rural da Holanda contra a politica que o seu governo a mando da dirigente nazi está a prejudicar toda a agricultura na Holanda, e que tem levado a acções e manifestações frequentes e de grande impacto local como cortes de estradas, e até o deposito de umas centenas de kilos de excrementos frente a residências de políticos seguidistas das acções contra os interesses da população rural.

 

Lembro também a quase total inexistência de imagens e noticias sobre as manifestações anti-crise económica e preços de produtos essenciais que levou muitas dezenas de milhares de Checos a manifestarem-se nas ruas.

Em toda a Europa uma população minimamente esclarecida já está a entender e a fazer entender aos seus representantes nos respectivos governos que é absolutamente necessário e urgente pôr fim a uma situação que encoberta e camuflada por uma guerra está a permitir com a total anuência e permissividade dos seus governantes que os EUA/Nato levem a cabo rapidamente a destruição económica da Europa e a tornem num pequeno grupo de países totalmente domados e subservientes a interesses financeiros e económicos sem capacidade industrial nem energética própria o que no seculo 21 equivale a tornar-se num grupo de países párias e obedientes e quase servos de patrões e interesses estranhos.

 

Penso que será altura de cada um fazer uma análise calma e fria sobre a situação que vivemos e o que realmente pretende deixar aos seus filhos e netos e mesmo que tenha um espirito servilista e acomodatício deve por imperativo de consciência pensar se os seus netos não o poderão julgar no futuro e que juízo farão.