Ordem para abandonar, ou como se preparou a 3ª Guerra Mundial
Marques Pinto, sócio da ACR
Quem quiser pensar um pouco sobre o Brexit -saída ou abandono da Inglaterra da Comunidade Europeia - poderá relacionar a mesma com a necessidade que os Estados Unidos sentiam de começar a asfixiar a economia da Comunidade Europeia que estava a crescer demasiado em relação ás espectativas que o Grande Patrão tinha, tanto mais que a economia Americana no seu geral estava a começar a estagnar e a mostrar uma desaceleração face á sua "criação" na Europa e tanto mais que o seu grande e velho inimigo de estimação - a Rússia - a pesar de ter sofrido uma enorme destruição económica nos anos 80 e ter perdido a temida projeção militar internacional do tempo em que era União Soviética - começava a mostrar com a aparição dos oligarcas aventureiros e um desconhecido presidente de Câmara que se tornara figura politica de relevo em S Petersburgo - um país com capacidade de fabricar, produzir e vender para o mundo uma serie de bens cobiçados por muitos.
Contudo os laços que sempre uniram a velha colónia ao seu colonizador principal nunca desapareceram e por causa dumas taxas sobre o chá que começaram a dar guerrinhas e criaram a vontade de independência, tanto mais com a desproporção do território, em relação á ilha no Atlântico donde saíram - embora nessa altura ainda não tivessem roubado as grandes províncias mexicanas - convidava a tornarem-se independentes e que a França velha inimiga da Albion até iria dar uma ajudinha.
Esta antiga ligação sempre reforçada por laços de velhas famílias com origens no continente Europeu obriga os políticos americanos a sempre avisarem e ajudarem os políticos da Velha Albion de qualquer "malandrice" que pretendam fazer na Europa ou no Próximo Oriente. Foi assim quando "recomendaram" aos políticos ingleses que nunca entrassem na zona da nova moeda Euro ou quando apoiaram fortemente a ideia do Brexit.
Claro que gás natural e petróleo não se fabricam e quem o tem só precisa de o colocar no lugar certo no tempo ideal e …a um preço convidativo para os fregueses. Talvez neste ponto tenha sido a maior surpresa para muitos na Europa quando a Alemanha se tornou a maior compradora e gastadora do gás Russo.
Uma Alemanha crescendo como potencia industrial no meio duma Europa em questiúnculas permanentes e enfraquecida pela má ou mesmo péssima actuação dos seus fracos governantes, aproveitou e apresentou-se como compradora e distribuidora do bem essencial ao seu desenvolvimento.
Foi esse crescimento e desenvolvimento que mais uma vez preocupou o Grande Patrão que viu surgir no centro do seu feudo do outro lado do Atlântico e ainda por cima constituído por um grupo de lacaios sempre obedientes e bons clientes da sua indústria bélica, um forte país seu quase concorrente, que ainda por cima tinha sido o grande derrotado na 2º guerra mundial.
Claro que a derrota da Alemanha em 1945, foi muito bem gerida pelos EUA que bem conhecia todas as potencialidades no campo das actividades científicas e das descobertas no campo da física, realizadas antes e durante a guerra e recolheram entre essa elite de cientistas perto de mil cabeças a quem se ficaram a dever grandes desenvolvimentos nos EUA desde a bomba atómica á corrida espacial.
Mas também se conheciam as manobras de saque realizadas pelos governantes Nazis desde o inicio da perseguição aos judeus e a todos os que politicamente estavam contra o regime criado por Hitler e seus apaniguados.
Nunca foi devidamente contabilizado - pelo menos pelos Europeus - o incalculável valor de todo o ouro, joias, quadros, obras de arte e muitos outros valores, que as tropas americanas -que para o efeito até criaram um destacamento militar especial - e que apenas da zona sul da Alemanha permitiu carregar um comboio especial que segundo dizem teria mais de 50 vagões e que foram carregados em navio mercante destinado a um porto nos Estados Unidos.
Quantos outros carregamentos terão sido feitos?? Quem sabe ou quem registou? Quem avaliou? Onde foi registado? Onde foi guardado?
Contudo recordo ter lido em texto escrito por jornalista estadunidense que o valor total retirado (?) com a "capa" de indemnização de guerra seria de valor bem superior ao investimento total do chamado Plano Marshal, que como se recordam foi depois devolvido, embora parcelarmente, e em prestações ao Estado Americano, pelos países Europeus que receberam tais fundos do Plano Marshal.
Vemos assim como a Alemanha mais uma vez estava a assustar a grande potência Ocidental.
Na 2ª Guerra Mundial o susto era também de natureza financeira pois todo o povo Americano e os seus dirigentes políticos sabiam que nunca a Alemanha iria entrar em guerra no outro lado do Oceano Atlântico, mas...a dívida que a Inglaterra estava a acumular na banca Americana começava a ser preocupante se....a Inglaterra perdesse a soberania para a Alemanha, como o desaire de Dunquerque fazia prever.
Então será melhor sacrificar a vida de uns jovens americanos e entrar na guerra para garantir os valores materiais já investidos, sobretudo em venda de material de guerra, que mais tarde também teria de ser pago evidentemente.
Hoje assistimos ao sacrifício de vidas do povo Ucraniano para criar e manter a todo o custo uma guerra na frente leste da Europa em que se obrigou em 2015, ao realizar o golpe planeado pela Sra. Nuland perante um patrão exigente.
Para alem disso há que contar as despesas militares excepcionais de todo um conjunto de países reunidos num mesmo grupo - União Europeia - para que esta União fique de novo enfraquecida e dependente do fornecimento de gás e petróleo a custos muito superiores ...vindos agora do outro lado do Atlântico.
Complementarmente este grupo vai ainda criar mais uma grande divida para comprar armas, aviões, misseis e tanques e toda a gama de sucata militar … porque a seguir quando a Ucrânia já estiver exaurida de homens e meios, os europeus terão de avançar para a guerra contra o grande inimigo das estepes do leste até que os pobres europeus completamente desgastados e monetariamente exauridos...peçam um novo plano que desta vez deverá ter o nome de Plano Bidé(n).