A China, e as suas relações com Taiwan e Hong-Kong

 

A China, e as suas relações com Taiwan e Hong-Kong


 Marques Pinto
Vogal da Direcção

 

Ainda com um Afeganistão muito “quente” para não dizer mesmo “fumegante” e já a imprensa ocidental orientou algumas das suas preocupações sobre o Mar da China e as possíveis consequências da intervenção “anunciada” pelas Forças Armadas Americanas na defesa da “independência de Taiwan ( ou Ilha Formosa como a minha geração aprendeu a chamar aquela grande Ilha separada do continente asiático pelo também na altura denominado estreito da Formosa).
Claro que a imprensa americana e europeia vai escamoteando muitos factos e acontecimentos que se desenrolam naquelas longínquas paragens – para nós europeus – tais como a crescente faixa da população da tal Ilha, nomeadamente a nível de grandes interesses económicos e financeiros, que não querem perder a oportunidade de alargar as suas actividades produtivas e interesses económicos ao grande mercado da China continental e enquanto esse enorme mercado está em expansão, e que logicamente pretendem criar uma maior ligação e não qualquer tipo de hostilidade ou dificuldades de penetração dos seus interesses e produtos.
E aqui uma vez mais estamos a observar pela parte dos Estados Unidos, sob uma crescente ameaça militar na zona, a tentativa de criar um grave problema para ambas as populações locais  - de ambos os lados do Estreito da Formosa, enviando todo o tipo de armas e forças militares para  que se “facilite” uma agressão que facilmente se poderá criar através de uma operação de “falsa bandeira” em que desde os anos 50 os altos comando militares americanos se tornaram peritos – vidé o caso Liberty no Suêz, o incidente do Golfo de Tonquim, a agressão no Canal do Panamá, invasão de Granada, etc etc.
Presentemente o risco de um novo conflito aumenta, pois os altos interesses politico-militares necessitam de criar uma diversão ao problema do Afeganistão que ao terminar duma forma tão precipitada deixou mais uma vez os Almirantes e Generais de muitos galões e estrelas do Pentágono em riscos de terem de diminuir as encomendas aos seus verdadeiros e reconhecidos chefes que dirigem as grandes empresas e industrias do complexo industrial-militar.
Enfim aguardemos com a esperança que desta vez, alem dos sempre submissos políticos da grande ilha a norte da União Europeia, esta nossa União não se deixe subordinar aos interesses dos EUA, apoiando uma aventura militar que com a capa da NATO, se pode tornar num enorme conflito em que o desfecho poderá ser imprevisível.